ATA DA SEPTUAGÉSIMA PRIMEIRA SESSÃO ORDINÁRIA DA
TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM
17-8-2011.
Aos dezessete dias do mês de agosto do ano de dois
mil e onze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a
Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas e quinze minutos, foi
realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores Adeli Sell, Airto
Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul
Torelly, Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos
Nedel, Maria Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Rubem Berta, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal.
Constatada a existência de quórum, a senhora Presidenta declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha,
Aldacir José Oliboni, Beto Moesch, Elias Vidal, Elói Guimarães, Engenheiro
Comassetto, Fernanda Melchionna, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Mario Manfro,
Mauro Zacher, Pedro Ruas, Professor Garcia, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e
Toni Proença. Em prosseguimento, foi apregoado o Ofício nº 732/11, do senhor
Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 030/11 (Processo nº
2971/11). Após, foi apregoado Requerimento s/nº, de autoria do vereador Airto
Ferronato (Processo nº 2960/11), deferido pela senhora Presidenta, solicitando
autorização para representar externamente este Legislativo, do dia vinte e
quatro ao dia vinte e seis de agosto do corrente, na XIII Convenção de
Contabilidade do Rio Grande do Sul, no Município de Gramado – RS. Ainda, foram
apregoados os seguintes Memorandos, deferidos pela senhora Presidenta,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia
onze de agosto do corrente: nº 021/11, de autoria do vereador Dr. Thiago
Duarte, no Ato de Assinatura de Início das Obras de Reforma da Escola Municipal
de Ensino Fundamental Dolores Alcaraz Caldas, às quinze horas e trinta minutos,
em Porto Alegre; nº 016/11, de autoria do vereador João Carlos Nedel, em
apresentação de veículo a ser utilizado no sistema de transporte seletivo por
lotação, no Bairro Restinga, em Porto Alegre; e no 007 e s/nº, de
autoria dos vereadores Reginaldo Pujol e Paulo Marques, respectivamente, no Ato
de Sanção da Lei que institui categoria especial no transporte seletivo por
lotação, para a Restinga, dentre outros bairros da zona sul de Porto Alegre, na
Esplanada da Restinga, em Porto Alegre. Também, foi apregoado o Ofício nº
008/11, de autoria do vereador Mario Fraga, deferido pela senhora Presidenta,
solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, no dia
onze de agosto do corrente, no Ato de Sanção da Lei que institui categoria
especial no transporte seletivo por lotação, para a Restinga, dentre outros
bairros da zona sul de Porto Alegre, na Esplanada da Restinga, em Porto Alegre.
Do EXPEDIENTE, constaram Comunicados do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente
do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE –, emitidos no dia
vinte e um de julho do corrente. Às quatorze horas e vinte e um minutos, constatada a
existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 152/10 (Processo nº
3130/10), após ser discutido pelos vereadores Mauro Zacher e Adeli Sell. A
seguir, a senhora Presidenta registrou a presença, neste Plenário, do Rabino Mendel
Liberow, convidando Sua Reverência a
integrar a Mesa dos trabalhos. Em continuidade, foi efetuada a apresentação da coreografia
Mimizrách Harúach pelo grupo de
dança Leakát Gariním da Olám, do Colégio Israelita Brasileiro, sob a
coordenação da coreógrafa Amanda Chmelnitsky de Mattos. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 168/09 (Processo nº
3482/09), após ser discutido pelo vereador Adeli Sell. Em Discussão Geral e
Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 046/11
(Processo nº 1349/11), por vinte e quatro votos SIM, tendo votado os vereadores
Adeli Sell, Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly,
Dr. Thiago Duarte, Elói Guimarães, Engenheiro Comassetto, Haroldo de Souza,
João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano Marcantônio, Luiz Braz, Maria
Celeste, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos,
Paulinho Rubem Berta, Professor Garcia, Sebastião Melo, Sofia Cavedon e Tarciso
Flecha Negra. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de
Lei do Legislativo nº 189/10 (Processo nº 4404/10), por vinte e seis votos SIM,
tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino
Vendruscolo, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Elói
Guimarães, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luciano
Marcantônio, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Fraga, Mario Manfro, Mauro
Pinheiro, Mauro Zacher, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Professor Garcia,
Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra, Toni Proença e Waldir
Canal. Em Discussão Geral e Votação Nominal, esteve o Projeto de Lei do
Legislativo nº 215/04 (Processo nº 5175/04), o qual, após ser discutido pelos
vereadores João Carlos Nedel, Alceu Brasinha, Nilo Santos, Pedro Ruas, Adeli
Sell, Elói Guimarães e Mauro Pinheiro, teve sua discussão adiada por duas
Sessões, a Requerimento, aprovado, de autoria do João Carlos Nedel. Durante a
apreciação do Projeto de Lei do Legislativo nº 215/04, os vereadores João
Antonio Dib e DJ Cassiá cederam seus tempos de discussão, respectivamente aos vereadores
João Carlos Nedel e Alceu Brasinha. Às quinze horas e trinta e nove minutos, a
senhora Presidenta declarou encerrada a Ordem do Dia. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
pronunciaram-se os vereadores Paulinho Rubem Berta, Alceu Brasinha, Mauro
Pinheiro, este pela oposição, Fernanda Melchionna, Dr. Thiago Duarte, Aldacir
José Oliboni, Luiz Braz, Sebastião Melo, Reginaldo Pujol e João Antonio Dib. Em
PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica nº 004/11, discutido pelo vereador Elói Guimarães, os Projetos de Lei
do Legislativo nos 076/11, discutido pelo vereador Nelcir Tessaro, e
089/11, discutido pelo vereador Sebastião Melo; em 2ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 106, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114,
071/11, este discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e Nelcir Tessaro, 020 e
093/11, estes dois discutidos pelo vereador Adeli Sell, o Projeto de Lei do
Executivo nº 028/11, discutido pelo vereador Adeli Sell, o Projeto de Resolução
nº 024/11. Durante a Sessão, foram registradas as seguintes presenças: do
senhor Alexandre Gomes, Presidente Municipal do PRB de Viamão – RS –; e de alunos e professores do
Projeto Social da Associação de Amigos do Banco do Brasil, que comparecem à
Câmara Municipal de Porto Alegre para participar do Projeto de Educação
Política, desenvolvido pelo Memorial desta Casa. Também, o vereador Pedro Ruas manifestou-se
sobre assuntos diversos. Às dezessete horas e nove minutos, nada mais havendo a
tratar, a senhora Presidenta declarou encerrados os trabalhos, convocando os
senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os
trabalhos foram presididos pela vereadora Sofia Cavedon e pelo vereador DJ
Cassiá e secretariados pelo vereador Toni Proença. Do que foi lavrada a presente
Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelo senhor 1º Secretário
e pela senhora Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Registro a
presença entre nós do Presidente do PRB de Viamão, cidade vizinha, Sr.
Alexandre Gomes. Obrigada. Seja bem-vindo!
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 14h21min): Havendo quórum, passamos à
Eu quero solicitar
aos Líderes que venham à Mesa rapidamente, pois temos uma situação inusitada e
agradável, mas não regimental, e queremos acordar com Vossas Excelências como
procederemos. (Pausa.) Muito obrigada a Vossas Excelências.
Combinamos que,
votado o primeiro Projeto, teremos, então, a alegria da breve apresentação do
Grupo de Danças da 8ª série do Colégio Israelita. Sejam muito bem-vindos entre
nós. Obrigada pela presença.
O Sr. 1º
Secretário procederá à leitura das proposições apresentadas à Mesa.
O SR. 1º SECRETÁRIO (Toni Proença): (Lê as proposições apresentadas à Mesa.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito
obrigada, Ver. Toni Proença.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3130/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 152/10, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que inclui a efeméride Rosh Hashaná – Ano Novo Judaico – no
Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de
Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e
organiza e revoga legislação sobre o tema.
Pareceres:
-
da CCJ. Relatora Verª Maria Celeste: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CECE. Relatora Verª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 29-11-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 152/10. (Pausa.) O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o
PLL nº 152/10.
O SR. MAURO ZACHER: Srª Presidente, Verª
Sofia, quero, primeiro, agradecer a V. Exª este pedido que foi entendido por
todos os Líderes, esta quebra de protocolo, a sensibilidade de V. Exª em acatar
o meu pedido, porque estamos com a presença de jovens que querem, logo após a
aprovação do Projeto, se apresentar. O nosso carinho especial à comunidade
judaica, que, por muitas vezes, esteve presente aqui, nas nossas galerias, ou
foi homenageada em algum momento, representada aqui por ex-Vereadores como o
Ver. Isaac Ainhorn, por quem eu tenho um carinho muito grande e de quem tenho
muita saudade, porque ele foi um grande amigo. Nunca me esqueço de que, a
primeira vez que assumi como Vereador nesta Casa, em 31 de março de 2001, foi
como suplente e no lugar do Ver. Isaac Ainhorn. Então, eu tenho um carinho
muito especial por ele. E só assumi, porque o Ver. Mario Fraga me concedeu a
oportunidade, porque era um suplente acima; então, eu também não poderia deixar
de saudar o Ver. Mario Fraga.
Quero saudar toda a
comunidade, mas, de maneira muito especial, as lideranças que estão presentes
hoje acompanhando a votação da inclusão do Rosh Hashaná no Calendário Oficial
do Município; a Celi Maltz Raskin, Presidente da Na’amat Pioneiras; a Frida Enk
Kaufman, Vice-Presidente da Pioneiras; o Rabino Mendel Liberow, da Sinagoga
Beit Lubavitch; a Caroline Bacaltchuk; o Iossel Volquind, da União Israelita; a
Maria Amélia Volquind; o Albert Poziomyck, da Federação Israelita, e também o
Ezequiel Gotlib, Secretário da Federação Israelita.
Eu quero dizer a V. Sas,
mais diretamente à comunidade judaica, que foi uma alegria muito grande, muito
especial poder corrigir esse erro, ou esse equívoco, a respeito dessa data tão
importante para a nossa Cidade - a comemoração do Rosh Hashaná -, depois de
tantos anos. Nós sabemos da importância da comunidade judaica na construção da
nossa Cidade, a tão querida e tão amada Porto Alegre.
Eu estava me
esquecendo de salientar que, quando fui procurado para apresentar esse Projeto,
fiz questão de convidar o Ver. Valter Nagelstein, que hoje está licenciado,
está na Secretaria da Indústria e Comércio. Ele assina comigo esse Projeto.
Eu, rapidamente,
queria dizer aos meus colegas que o Rosh Hashaná é a comemoração do Ano Novo
Judaico. Na verdade, o significado de Rosh Hashaná concentra quatro grandes
temas que se interligam: é o Ano Novo Judaico, é o dia do julgamento, o dia da
lembrança e o dia em que se toca o shofar.
O shofar é um instrumento de sopro
feito de chifre de carneiro e é o maior símbolo de Rosh Hashaná. O dia do
julgamento, um dos temas mais proeminentes do feriado, gira em torno do
simbólico “Livro da Vida”. A vida de um judeu depende de ele tomar ou não a
decisão de fazer correções durante esse período, através do arrependimento, da
oração e da caridade.
O dia da lembrança
relembra o quase sacrifício de Isaac, que as tradições judaicas afirmam ter
acontecido nos primeiro dias do mês tishrei.
E o dia em que se
toca o shofar tem várias implicações,
mas existem, pelo menos, três significados amplamente reconhecidos; um é
relembrar a história de Isaac, Deus poupando sua vida como recompensa à fé de
Abraão; a outra para recordar o carneiro que foi sacrificado no lugar de Isaac.
Diante disto, da
importância da comunidade e desse nosso, talvez, equívoco histórico de não
colocarmos no Calendário Oficial da Cidade o Ano Novo Judaico, é que eu propus
este Projeto, com o Ver. Valter Nagelstein, e espero que os nossos colegas
Vereadores, que, tenho certeza, têm um grande carinho pela comunidade judaica,
aprovem para que nós possamos fazer essa correção histórica e incluí-lo no
nosso Calendário Oficial.
Muito obrigado à Srª
Presidente e aos Líderes por entenderem a importância e permitirem que
pudéssemos fazer esta quebra de protocolo. Muito obrigado, Presidente, e uma
saudação muito especial à comunidade judaica. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir o PLL nº 152/10.
O SR. ADELI SELL: Boa-tarde a todos e a
todas. Para nós é extremamente importante quando se discutem temas como este
que o Ver. Mauro nos apresenta, principalmente neste mundo conturbado em que
nós vivemos nos dia de hoje, um mundo de conflitos, Ver. João Dib - fico feliz
em vê-los sentados lado a lado. E vejo que, aqui em Porto Alegre, Mendel, nós
temos uma convivência muito harmoniosa das várias etnias. E fazer um festejo
colocando no Calendário Oficial de Porto Alegre, como é a proposta, o Rosh Hashaná, é extremamente importante para
que a gente tenha cada vez mais a união das pessoas.
Nós temos hoje, mais do que nunca, que trabalhar pacienciosa e
permanentemente pela paz mundial, pelo bem-estar dos nossos povos, pelo
respeito profundo por suas religiosidades; temos que fazer um grande debate
filosófico sobre o que diferencia uma nação de outra, uma etnia de outra, mas
sempre com o intuito de irmanar as pessoas. Nesse sentido, eu quero aqui, Mauro
- e não poderia deixar de fazê-lo -, dizer que nós somos totalmente favoráveis
e estaremos juntos nessa comemoração, assim como estamos juntos em todas as
comemorações que a comunidade judaica tem feito. O nosso é voto é “sim”, pela
aprovação. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. PRESIDENTE
(Sofia Cavedon): Não
havendo mais quem queira discutir, em votação o PLL nº 152/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)
Nós queremos parabenizar a comunidade judaica. De imediato, convidamos o
grupo de dança Leakát Gariním da Olám, da 8ª série do Colégio Israelita, para
apresentação da coreografia Mimizrách Harúach. A coreógrafa responsável é a Srª
Amanda Chmelnitsky de Mattos.
Convidamos o Rabino Mendel Liberow para fazer parte da Mesa.
(Procede-se à apresentação da coreografia.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Muito obrigada
pela presença do Rabino Mendel Liberow; agradeço ao Colégio Israelita a
belíssima apresentação feita por essa juventude que compõe a comunidade judaica
de Porto Alegre, a qual nós sabemos que é muito rica culturalmente e que faz
parte da nossa identidade, com certeza. Parabéns, Ver. Mauro Zacher.
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 3482/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 168/09, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que altera o inc. I do § 2º do art. 11 e a al. “b” do inc. I
do art. 26 da Lei nº 10.605, de 29 de dezembro de 2008, alterada pela Lei nº
10.663, de 1º de abril de 2009, dispondo sobre a documentação necessária para a
instrução de requerimento de autorização para o exercício do comércio ambulante
do ramo de alimentação e incluindo a chapa bifeteira no rol de equipamentos que
podem ser utilizados para o comércio ambulante de churrasquinho.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Airto Ferronato: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Engenheiro Comassetto: pela aprovação do
Projeto;
-
da CEDECONDH. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Carlos Todeschini: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 27-09-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 168/09. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para discutir o
PLL nº 168/09.
O SR. ADELI SELL: Serei breve como fui
na vez anterior, apenas para explicar aos nobres Pares, se por acaso não
participaram efetivamente de todo o debate das Comissões, que, nas cinco
Comissões - CCJ, CEFOR, CUTHAB, CEDECONDH e COSMAM - em que o Projeto passou,
foi aprovado. É um Projeto extremamente simples, apenas para dar melhores
condições ao nosso pessoal de lanche rápido de Porto Alegre que trabalha com
churrasquinho, para que possam usar o espetinho também sobre uma chapa de
bifeteira. O processo não muda absolutamente nada, a higiene está garantida,
não há nenhum problema técnico; muito pelo contrário, é apenas uma questão de
facilidade. O processo, na verdade, já é utilizado, mas, para que não haja
problema junto à Administração Pública, nós temos que fazer com que a
legislação se adapte à realidade, quando a realidade não contradita as regras
estabelecidas. No caso, não contradita a higiene, não contradita nenhuma outra
norma. Portanto, eu peço a todas e a todos a aprovação.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Não há mais
quem queira discutir.
Em votação o PLL nº
168/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
Parabéns, Ver. Adeli.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1349/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 046/11, de autoria do
Ver. Dr. Thiago Duarte, que
concede ao senhor Paulo Rogério Silva dos Santos o título de Cidadão de Porto
Alegre.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 08-08-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 046/11. (Pausa.) Não há quem queria discutir. Em votação nominal o PLL
nº 046/11. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 24 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 4404/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 189/10, de autoria do
Ver. Luiz Braz, que concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao
senhor Jorge Lima Hetzel.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Elói Guimarães: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relatora
Verª Fernanda Melchionna: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;
- votação nominal nos termos
do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 02-05-11.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão o
PLL nº 189/10. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL
nº 189/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 5175/04 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 215/04, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que altera a denominação da “Praça Saudade” para Praça
Guilherme Landell de Moura, localizada no Bairro Azenha, e revoga o Decreto-Lei
nº 359, de 13 de junho de 1947. Com Emenda nº 01.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Paulo Marques: pela aprovação do Projeto;
-
da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto
favorável de dois terços dos membros da CMPA – art. 82, § 2º, IV, da LOM;
- votação nominal nos
termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 29-11-10.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em discussão
o PLL nº 215/04. (Pausa.) O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para
discutir o PLL nº 215/04.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, esta praça situa-se defronte ao
Cemitério Irmandade do Arcanjo São Miguel e Almas, e eu não estou alterando o
nome, porque a Emenda nº 01, que preciso que seja aprovada, Vereadores, diz que
a Praça se chamará Praça Saudade Guilherme Landell de Moura. Isso está sendo
proposto com a autorização de toda a comunidade, com todos os detalhes. Então
peço a V. Exas que aprovem a Emenda nº 01, que corrige algum defeito
anterior do Projeto. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir o PLL nº 215/04.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente,
Sofia Cavedon; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, quero dizer para o
Ver. Nedel que não concordo com a ideia dele. Vereador, por que o senhor quer
mudar o nome? Ver. Nedel, as coisas não se mudam. Como é que existe um nome, e
o senhor quer mudar? Não pode, Vereador. Eu voto contra e, aliás, vou pedir
para a minha Bancada votar contra. Não pode. Por que, Vereador, o senhor quer
mudar o nome?
O Sr. João Carlos Nedel: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ilustre Ver. Brasinha, não estou mudando o
nome, estou deixando o mesmo nome: Praça Saudade. Estou agregando, Praça
Saudade Guilherme Landell de Moura, da família Landell de Moura, benemérita
desta Cidade. A Praça situa-se defronte ao Cemitério São Miguel e Almas, e eu
tenho promessa de que a Praça será adotada pela Irmandade São Miguel e Almas;
então, ficará devidamente ajustada para a nossa Cidade.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Vereador.
Eu quero lhe dizer que discordo completamente do seu raciocínio, por quê? O
senhor é João Carlos Nedel, vamos agregar mais um nome ao seu? O que é isso?
Isso não cabe, Vereador, e eu não concordo com isso, porque, se a Praça já tem
um nome, nome de “saudade”, por que o senhor quer agregar mais um nome?
Arrumamos outra praça, arrumamos um outro local! Agora tem que ser ali, só
porque é na frente do Grêmio? Não
pode, Vereador! Ver. Nedel, não adianta o senhor fazer cara de brabo comigo. Se
eu estivesse brabo, eu não estaria aqui.
O Sr. Bernardino Vendruscolo: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Brasinha, será que eu posso
contribuir, quem sabe, com uma emenda? “Saudades do Padre Landell de Moura”. O
que o senhor acha? Aí dá para resolver.
O SR. ALCEU BRASINHA: Ver. Bernardino,
volto a dizer, é o mesmo com o seu nome - Bernardino Vendruscolo -, como é que
nós vamos agregar mais um nome em cima? Ver. Nedel, não adianta o senhor ficar
falando e gesticulando com as mãos, eu não concordo com a sua ideia! Quem sabe
eu sou obrigado a concordar com o senhor? Quem sabe, Vereador?
Eu não concordo com o
senhor. Eu acho isso ridículo, acho um absurdo querer mudar o nome da Praça. O
senhor pode chacoalhar a cabeça, pode reclamar, mas o senhor pode vir aqui
falar novamente, Vereador. O senhor pode. O senhor tem que entender que o debate
é livre, e eu tenho direito à expressão e vou falar, vou contestar esse seu
Projeto.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Nilo
Santos está com a palavra para discutir o PLL nº 215/04.
O SR. NILO SANTOS: Srª Presidente; Sras
Vereadoras e Srs. Vereadores; senhoras e senhores, eu quero apenas contribuir
com o debate.
Ver. Tarciso, aquela
praça se chama Praça Saudade, porque os familiares e amigos iam visitar os seus
parentes mortos, que já haviam partido, e ali iam descansar e sentiam saudades
dos familiares - por isso ficou Praça Saudade. É o tipo de nome que tem que ser
preservado até em memória dos que partiram e em consideração àquelas pessoas
que vão visitar os seus entes queridos que já partiram.
A Praça Saudade era um
lugar, Ver. Brasinha, onde a pessoa que saía do cemitério ia chorar,
relembrando bons momentos que tiveram com aquela pessoa que partiu. E ficou,
então, Praça Saudade. Esse é o tipo de coisa em que não se mexe, porque isso
trabalha no sentimento da pessoa, no coração da pessoa. Não tem por quê.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nilo, exatamente, Praça Saudade. Eu até
vou dizer um detalhe para ti: já chorei naquela praça. Chorei, e muito, quando
o meu Grêmio perdeu, agora mais ainda, porque o Grêmio vai sair dali. O Ver.
Nedel quer agregar um nome. Não pode. Isso é “fazer puxadinho”, aqueles
puxadinhos que os caras têm a mania de fazer. Isso não pode. Ver. Nedel, o
senhor está equivocado, o senhor está errado, não faça isso!
O SR. NILO SANTOS: Ver. Brasinha,
obrigado. Inclusive a Praça Saudade é uma praça de todas as religiões; é uma
praça dos católicos, é uma praça dos protestantes, é uma praça dos espíritas,
todos choram pelos seus mortos naquela Praça. Deixe o nome Praça Saudade, que
fica como praça de todos, de todas as religiões, Ver. Luiz Braz. É um nome
bonito. Se o Ver. Nedel quiser propor, podemos homenagear o padre num outro
local, não tem problema algum, mas não na Praça Saudade. Fica o meu apelo para
que permaneça o nome Praça Saudade em homenagem a todas as pessoas que ali
demonstraram seu sentimento pelos entes queridos que partiram. Obrigado,
senhoras e senhores.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Pedro
Ruas está com a palavra para discutir o PLL n° 215/04.
O SR. PEDRO RUAS: Srª Presidente, Verª Sofia Cavedon; Vereadoras,
Vereadores, o debate, na verdade, vai um pouco além da questão específica dessa
Praça. Não acho, Ver. Nedel, errado mudar o nome de algum logradouro. Nós temos
na história registros importantes de logradouros que tiveram seus nomes
modificados; então, não parto desse princípio; pelo contrário, acho que a
sociedade é dinâmica, reavalia continuamente a sua própria história e pode,
efetivamente, deixar de prestar uma homenagem para prestar outra no mesmo
local.
Aqui não falo em nome
da Verª Fernanda Melchionna, porque não estou falando pelo Partido, já que não
debatemos este tema; estou falando individualmente para preservar a posição da
Verª Fernanda Melchionna neste caso - ainda estamos nas inscrições para
discussão.
Eu entendo que cada
caso é um caso. Não podemos ter uma regra absoluta de que a mudança de nome de
um logradouro é errada por ser mudança. Não. Já tivemos mudanças importantes, e
mais: mudanças necessárias - necessárias. Neste caso específico, eu não vejo o
motivo pelo qual se deva fazer a mudança - neste caso. Ver. Brasinha, Ver. Nilo
Santos, eu dou razão a V. Exas, porque, neste caso, ao contrário de
algum outro, eu não vejo por que a mudança deva ocorrer, mas sei que, no
passado, isso já foi necessário; sei que no futuro, pela lógica, será
necessário, mas sempre com uma análise individual, Ver. Braz, caso a caso.
Eu mesmo fui autor de
um Projeto - lá em 1986, e o Ver. Braz teve a oportunidade de acompanhar - que
mudava o nome da Rua Ten. Ary Tarragô para Ver. Valneri Antunes - o Ver. Braz,
o Ver. Dib, o Ver. Pujol devem estar lembrados, certamente. Então, cada caso é
um caso, Ver. DJ Cassiá, mas, neste caso específico, eu não me convenci de que
haja necessidade da mudança, porque a homenagem pode ser outra, e há uma
tradição consolidada. E “saudade” não é algo que agrida, não é uma homenagem a
algum integrante da ditadura militar, não é uma homenagem que envergonhe a
Cidade, não é uma homenagem que constranja. “Saudade”, nome da Praça, aliás,
próxima aos cemitérios, recorda um sentimento - não é, Verª Sofia Cavedon? -
que todos temos. Neste caso específico, parece-me que o Ver. Brasinha tem razão
não por ser mudança, e sim porque ali não se justifica.
A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª
permite um aparte?
O SR. PEDRO RUAS: Com muita honra.
A Srª Fernanda Melchionna: Ver. Pedro
Ruas, primeiro eu gostaria de concordar com V. Exª sobre a questão dos méritos
das mudanças. Parece-me que, primeiro, nós não podemos aceitar, em pleno 2011,
homenagem - não é o caso do Projeto, porque eu acho que o nome “Praça Saudade”
condiz com o sentimento daqueles que frequentam, muitas vezes, aquele local -,
a alguém que cometeu péssimos serviços à humanidade, como nós temos,
lamentavelmente, muitas homenagens na cidade de Porto Alegre: avenidas com nome
de ditadores, logradouros públicos com nome de pessoas que deveriam ter sido,
inclusive, punidas na volta da democracia. Não é o caso.
Eu queria, na verdade,
comentar com V. Exª, primeiro, a necessidade da oitiva da comunidade. Acho que,
para qualquer mudança, a discussão com a comunidade é fundamental. Depois,
quero lamentar, colocar a minha inconformidade de, neste momento, fazer um
debate como este, aqui no Parlamento, logo quando eu recebo uma negativa, Ver.
Pedro Ruas, de um Projeto meu e de V. Exª que permitia a gratuidade para
gestantes com gravidez comprovadamente de alto risco, e, lamentavelmente, de
maneira arbitrária, foi feito o arquivamento, justamente por causa do
precedente legislativo que garante o direito dos empresários do transporte
coletivo, e não da população de Porto Alegre. Isso, que é muito importante para
a Cidade, não está se debatendo; está se debatendo um Projeto que, de fato, neste
momento, não contribui com aquele sentimento que todos nós estávamos falando,
sobre a necessidade de mudança do nome de rua.
O SR. PEDRO RUAS: Obrigado, Verª
Fernanda Melchionna. E aqui já faço o encaminhamento no sentido de que, repito,
caso a caso, precisamos ter exames, e neste, particularmente, não me parece
haver a situação da mudança. O critério da Verª Melchionna, esse, sim, tem
caráter absoluto. A posição expressa, objetiva da comunidade, essa tem caráter
absoluto, essa tem que ser respeitada acima de qualquer outra. Agora, a priori, me parece que o Ver. Brasinha
tem razão, e o Ver. Nilo Santos também: não sei por que haveria a necessidade
de uma mudança do nome do logradouro nessa circunstância, o nome da Praça,
especificamente falando. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Carlos Nedel, autor da matéria, está com a palavra para discutir o PLL nº
215/04, por cedência de tempo do Ver. João Antonio Dib.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Prezada
Presidente, Vereadores, Vereadoras, eu fico realmente muito triste de nós
estarmos aqui perdendo tempo, discutindo uma matéria de alta relevância, que
tinha que ser aprovada com aplauso. Bom, mas eu respeito - mesmo - essas
diferenças, e o que eu quero dizer é o seguinte: para se alterar uma lei,
precisa-se do abaixo-assinado do entorno. Nós temos aqui quatro páginas
inteiras de abaixo-assinado; nós temos a autorização da UAMPA, que a Lei exige
- está aqui -; nós temos um currículo do Dr. Guilherme Landell de Moura, que não
é padre - ele foi o provedor, por muitos anos, da Irmandade do Arcanjo São
Miguel e Almas, cuja Praça Saudade fica à frente.
Eu tenho a promessa
do novo provedor de que irá adotar a Praça, de que vai iluminá-la, fazendo
realmente com que as pessoas, Ver. Nilo Santos, tenham segurança de estar lá,
de que a Praça tenha movimento, de que haja um jardineiro que a melhore. Não
estou mudando o nome da Praça, conforme o que consta na Emenda nº 01 ao PLL nº
215/04, Ver. Nilo Santos (Lê.): “Altera para ‘Praça Saudade Guilherme Landell
de Moura’ a denominação da Praça Saudade, localizada no bairro Azenha...”.
Então, é uma proposta
regimental altamente significativa, uma homenagem a uma pessoa que se dedicou à
comunidade de Porto Alegre, que morreu com 90 e tantos anos, que é Cidadão
Honorário desta Casa! Desculpem, mas qualquer voto contrário é agressão a um
cidadão, à família Landell de Moura, que é uma referência em nossa Cidade! E é
também uma agressão a quem assinou - aqui há quatro páginas de assinaturas da comunidade.
Também é uma contrariedade à UAMPA, que analisou o assunto. E eu analisei o
Regimento: essa Lei foi aprovada, há muito tempo, por um Decreto, e, pelo
Decreto, são necessários 24 votos. Por isso eu estou apelando aos Srs.
Vereadores e às Sras Vereadoras, porque não é uma alteração: agrega,
continua sendo Praça Saudade. Não é de uma religião, é de todas as religiões.
O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Nedel, na realidade, o Projeto diz que
altera o nome Praça Saudade - altera, é a troca do nome.
Muito bem, outro
aspecto: a família Landell de Moura não é desprestigiada por esta Casa, até
porque a família já está contemplada com muitas homenagens dentro da Cidade.
Outro ponto: o senhor
disse que, alterando o nome, as pessoas de lá passarão a cuidar da Praça. Se é
preciso trocar de nome para cuidar da Praça, essas pessoas não a merecem,
porque é obrigação delas cuidarem. Por que não homenagear, então, um pobrezinho
que tenha sido sepultado ali? Tem que ser Landell de Moura, e nós temos que
aceitar por causa do sobrenome? Não funciona assim, Ver. Nedel. No momento em
que dá para apoiar, a gente apoia; no momento em que somos contrários ao
Projeto, somos contrários e precisamos ser respeitados por isso. Obrigado.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Vereador, o
Regimento diz que qualquer mudança na Lei é uma alteração - eu tenho que
cumprir o Regimento. A família Landell de Moura, do Dr. Guilherme, está sendo
homenageada pela primeira vez. Eu fico extremamente triste, e alguns dizem para
eu pedir adiamento. Não, não vou pedir. Se nós rejeitarmos, vai ficar uma
vergonha para esta Casa. Eu quero que isso fique muito claro.
O Sr. Pedro Ruas: V. Exª permite um
aparte?
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Com muito
prazer, V. Exª conhece muito bem as leis e o Direito.
O Sr. Pedro Ruas: Ver. Nedel, eu acho,
e falo com o maior respeito, que não é adequado colocar isso desta maneira,
porque há um constrangimento natural dos Vereadores, entre os quais eu me
incluo, por óbvio. Todos aqui têm o maior respeito pela figura histórica do
Landell de Moura e pelos seus familiares - isso é uma obviedade, todos têm. Eu
saliento até um outro aspecto legal, sobre o que eu tenho dúvida, e seria
importante que a Comissão de Justiça se manifestasse: que eu me lembre, há uma
legislação que impede dois logradouros com o mesmo nome. E nós temos a Rua
Landell de Moura, ali na Tristeza, famosa e importante, por sinal. O meu irmão
mora na Landell de Moura, a ex-Deputada Luciana Genro também. Então, já é
Landell de Moura. Eu não acho ruim o seu Projeto, claro que não, eu não vejo é
a necessidade dele. Não acho que seja proibido mudar nome - já falei e estou
repetindo aqui -, mas eu não vejo necessidade dessa mudança, além do que, eu
tenho dúvida: já há a Rua Landell de Moura; poderia haver, também, a Praça
Landell de Moura? É um questionamento.
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sim. Vereador,
eu lhe respondo: primeiro, não é Rua Landell de Moura e nem Praça Landell de
Moura. É Praça Saudade Guilherme Landell de Moura. É outro nome! Praça Saudade
Guilherme Landell de Moura: eu não estou trocando o nome, eu estou agregando a
ele o nome de um Cidadão Emérito desta Casa, Cidadão Honorário desta Casa.
Então, eu lamento esta discussão. Está perfeito, tem Parecer da Comissão de Justiça,
tudo de acordo, tudo dentro da lei; o Procurador está de acordo, tudo certinho.
Agora, passo à apreciação dos Srs. Vereadores e das Sras Vereadoras.
Eu fico triste por estarmos discutindo uma coisa primária. Tudo dentro da lei,
tudo dentro do regulamento... Agora, o Ver. Brasinha parece que tem uma questão
pessoal comigo, parece que fica fazendo com que a gente gaste o tempo em coisas
que não têm explicação.
Eu aguardo o voto de
Vossas Excelências. Nós precisamos de 24 votos, porque assim manda a lei, e eu
respeito a lei.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para discutir o PLL nº 215/04, por cedência de
tempo do Ver. DJ Cassiá.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidenta, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, eu quero dizer para o senhor, Ver.
Nedel, que sempre votei com Vossa Excelência. Não tenho nada contra o senhor,
mas quem tem contra mim é o senhor. O senhor mentiu, falou que ia votar comigo
naquele Projeto dos bares e restaurantes. Quantos milhares de pessoas ficaram
tristes com o senhor! E o senhor vem dizer que eu tenho alguma coisa contra o
senhor! Não tenho nada contra o senhor, só que não sou obrigado a concordar com
tudo que o senhor quer!
O senhor é o homem
que mais bota nome em rua. Eu tenho até medo de morrer, Ver. Beto Moesch! Eu
tenho até medo de morrer, porque o Nedel vai botar o nome “Brasinha”. E aí ele
vem dizer que eu sou contra, Ver. Paulinho Rubem Berta! Que eu sou contra! Ele
fica triste, mas quantas pessoas ficaram tristes aquela vez em que ele prometeu
votar o Projeto dos bares e restaurantes? E foi contra mim! Eu jamais vou ficar
brabo com o senhor, Ver. Nedel. Não adianta o senhor fazer gestos. Esses gestos
que o senhor faz não servem para mim, Ver. Nedel. O senhor tem que aprender a
respeitar a opinião das pessoas, e eu não sou obrigado a votar com o senhor,
porque eu fui eleito, tenho a minha representação. Senão, daqui a pouco, vou
dizer assim: “Ver. Nedel, eu posso votar isso? Posso fazer isso? É o homem que
determina.” Eu não vou concordar.
O Sr. Paulinho Rubem Berta: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Quero agradecer a V. Exª, Ver.
Alceu Brasinha, e acho que V. Exª tem razão. Na minha opinião, isso é uma
questão que até se estendeu demais. Nós precisamos, sim, avançar no processo, e
fica muito triste, para nós, esse debate estar entrando por um caminho que não
deve, pelos serviços relevantes que tanto V. Exª tem prestado a esta Casa e à
cidade de Porto Alegre quanto também o Ver. Nedel.
Então eu acho que nós
podemos entrar em um consenso, e o Ver. Nedel, tenho certeza absoluta,
inteligente como é, deve procurar colocar o nome dessa pessoa em outro local e
manter o de Praça Saudade. Eu acho que nós podemos avançar no processo com a
sua inteligência, com a sua boa vontade e também com a do Ver. Nedel.
O SR. ALCEU BRASINHA: Obrigado, Ver.
Paulinho Rubem Berta. Volto a dizer que o Ver. Nedel tem total liberdade, pois
existem várias praças, vários largos para ser homenageados. Tem que ser a Praça
Saudade. Temos que agregar nome ali? Eu acho que não pode! Não pode, está
mexendo com a paixão, com a sensibilidade das pessoas que gostam daquele local!
E quantas pessoas choraram? Milhares de pessoas, Ver. Nilo! E tenho certeza
absoluta de que o Ver. Nedel vai ser inteligente, vai retirar este Projeto. Eu
peço que os Vereadores olhem com carinho e não aprovem o Projeto do Ver. Nedel.
Não podem!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Comunico que
se encontram em plenário 40 alunos do Projeto Social da Associação de Amigos do
Banco do Brasil, com idades entre 14 e 16 anos, conduzidos pelos professores
Camila e Rafael. Os alunos estão participando da atividade “Visita Orientada”,
oferecida pela Seção de Memorial dentro do projeto de Educação Política deste
Legislativo. Sejam bem-vindos.
Espero que vocês
tenham entendido que nós estamos fazendo o debate da mudança de um nome de
praça, esta é a polêmica que vocês estão acompanhando no Plenário. É a praça
situada na subida da Av. Profº Oscar Pereira, no final da Av. Azenha.
O Ver. Adeli Sell
está com a palavra para discutir o PLL nº 215/04.
O SR. ADELI SELL: Boa-tarde a todos.
Quero parabenizar os nossos visitantes. Nos últimos dias, eu contei cinco
Sessões em que o quórum da Casa foi derrubado, e o debate político que estava
previsto não foi feito. Não discutimos, Ver. Brasinha, os problemas essenciais
de Porto Alegre, onde aperta o calo no sapato. Não que a discussão de nome de
rua ou de praça seja de somenos importância, mas fazer o debate enviesado,
assim como está feito hoje, é deseducativo. Mudança de nome de rua e de praça
se faz nas Comissões, só vem aqui em casos excepcionais, e esse me parece ser
um caso excepcionalíssimo!
Vejam o seguinte: nós
não conseguimos, Ver. João Dib, colocar placa. Eu não consigo, da SMAM, colocar
placa em nome de praça, e eu dei poucos nomes - vocês me conhecem -, conto nos
dedos, porque não é prioridade para mim. Prioridade, para mim, Ver. Brasinha, é
eu andar na Zona Norte, na Zona Sul, na periferia, e saber a rua em que mora o
cidadão que não tem esgoto, o cidadão que busca emprego, o cidadão que está
desesperado, porque não há professor na escola do seu filho.
Nós deveríamos estar
discutindo, num espaço privilegiado, as duas intervenções de Grande Expediente,
Ver. Pedro Ruas, com 15 minutos para cada Vereador expor um grande tema da
Cidade, como a modernidade desta Cidade, que foi grande. E eu até me pergunto,
por exemplo, qual é o espaço público que tem o nome de Theo Wiederspahn. Eu não
me lembro! Se houver, deve ser algum
beco. Esse homem deveria ter uma das praças e uma das ruas mais importantes,
porque foi o homem da modernidade de Porto Alegre.
Eu propus, inclusive
- é a primeira vez que faço isso -, um busto a Assis Brasil, porque, quando se
nominou a Av. Assis Brasil, era caminho de roça, pois ele perdeu o debate
político e ideológico no Rio Grande do Sul. Quem ganhou foi Júlio de Castilhos,
autoritário, ditatorial, e hoje nós, incrivelmente, carregamos a marca do
castilhismo no Rio Grande do Sul, tal foi a sua força. E há um monumento que eu
vejo todo o dia lá da janela do meu apartamento, um dos monumentos mais lindos
da Cidade, mas dado a quem? A Júlio de Castilhos, um caudilho, um ditador, um
autoritário, mas a um homem libertador, a um homem que trouxe a modernidade
para o Rio Grande do Sul, como o caso de Assis Brasil, foi dado o seu nome para
um caminho de roça, e hoje, felizmente, com o crescimento da Cidade, com a
bonança de Porto Alegre, a Assis Brasil mudou. Mas assim são as coisas. Eu quero,
Fernanda, estar ao lado dos desvalidos, dos que são esquecidos e, por isso,
faço esse debate político-ideológico hoje, aqui.
Quero chamar a
atenção desta Casa para voltar a fazer os grandes debates sobre o futuro da
Cidade. Em Londres, V. Exª, que foi Diretor do DEMHAB, sabe muito bem que, de
todas as edificações que foram feitas para a Copa do Mundo, 30% eram
edificações populares, e isso em Londres, Primeiro Mundo! Havia financiamento
para quem não conseguia ter a sua moradia. Outros países seguiram o mesmo
exemplo, mas nós, aqui, estamos nos digladiando sobre o nome Landell de Moura.
E há uma confusão, porque muitos confundem o padre, o grande inventor. Nós
deveríamos estar discutindo o patrimônio. Hoje é o Dia do Patrimônio Histórico.
Ele, sim, o padre, é um patrimônio histórico! Mas onde estão os documentos do
Padre Landell de Moura? No Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do
Sul, não digitalizados. Inclusive os desenhos do rádio e da televisão estão lá,
na Riachuelo, e muitos desses documentos poderão se perder! Este seria o grande
debate para mostrar sobre qual dos Landell de Moura estamos falando aqui. Mas
não, nós estamos fazendo uma grande confusão. É um debate que tem que ser feito
na medula do osso!
Para concluir, quero
dizer aos meus Pares que eu quero que esta Câmara volte a fazer os grandes
debates da Cidade. Vamos discutir, sim. Eu agora vou procurar na Internet se há
algum espaço com o nome Theo Wiederspahn, o homem que trouxe modernidade à
Arquitetura. O Jorge, nosso Coordenador do Memorial, sabe muito bem disso. E eu
quero saber se tem algum beco que tenha o nome desse homem, porque hoje a
modernidade está suspensa nesta Cidade. Estamos retroagindo, estamos fazendo um
debate inócuo. Nós precisamos evoluir para uma nova modernidade em Porto
Alegre, uma recivilização das nossas relações e fazer o debate
político-ideológico, porque casa do povo que não tem debate
político-ideológico, meus caros amigos do PSOL, é uma casa morta! Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Obrigada, Ver.
Adeli. O Ver. Elói Guimarães está com a palavra para discutir o PLL nº 215/04.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; o Ver. Adeli Sell invocou aqui a saga de chimangos e maragatos.
A verdade, Ver. Adeli Sell, é que chimangos e maragatos não conciliavam de
forma nenhuma, não havia como se buscar o entendimento; e era na ponta da
espada.
Eu vou dar um
enfoque, Ver. Pedro Ruas, a este debate. As figuras dos homenageados, parentes,
amigos do homenageado, o seu ancestral inventor do rádio, eles não têm culpa -
vamos colocar nesses termos - do que está acontecendo neste dia, nesta tarde na
Câmara Municipal de Porto Alegre. Então, vou fazer um apelo aqui ao Ver. João
Carlos Nedel, para que se adie o debate e a decisão, e que não sigamos os
preceitos de chimangos e maragatos, que não tinham entendimento. Aqui pode
haver entendimento, até porque nós poderemos levar não diria à execração
pública da homenagem ao ilustre Guilherme Landell de Moura, não, e nem estaríamos
aqui também querendo, de alguma forma, alterar a denominação de Praça Saudade,
já integrada ao patrimônio psicológico daquela comunidade e de, resto, Porto
Alegre. Então, o apelo que eu faço é que não expusemos esse assunto sem antes
termos a oportunidade de buscar um entendimento. Eu acho que esse é o
pensamento de grande parte das pessoas, para que não se exponha todo esse
quadro, toda essa situação: de um lado familiares, amigos, parentes do grande
Landell de Moura; por outro lado, que também não se retire abruptamente o nome
“saudade”, que está integrado no patrimônio psicológico da Cidade, dos
moradores do entorno e dos documentos que integram as propriedades, etc., etc.
e tal. Então, é um apelo que vou fazer aqui a chimangos e maragatos. Nem sei se
o Brasinha é chimango ou maragato, mas vou fazer o apelo para que se adie a
votação, porque não se pode penalizar nem a Praça, que tem o nome de “Saudade”,
e nem Guilherme Landell de Moura.
O Sr. Alceu Brasinha: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Elói, perfeitamente, o senhor é um homem
que sabe medir a pressão, na realidade. Vereador, eu acho que abrir este
detalhe, mudar o nome, fica ruim para a Cidade, porque, daqui a pouquinho, o
Ver. Nedel pode estacionar o helicóptero dele na Redenção e querer mudar o nome
da Redenção! Daqui a pouquinho, pode querer mudar o nome da Praça da Alfândega,
e aí? Eu acho que o Ver. Nedel não tem essa autonomia, não pode fazer isso. Ele
tem que deixar a Praça Saudade com esse nome, e sou parceiro dele para nós
buscarmos um outro local! Não tem problema. Eu vou votar com ele, desde que ele
mude de localidade - na Praça Saudade, não.
O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um
aparte? (Assentimento do orador.) Muito obrigado pelo aparte. Eu estava voltado
para o gabinete, comecei a ouvir V. Exª e vim apenas fazer um registro não
corretivo, porque V. Exª é um homem conhecedor profundo da história do Rio
Grande, mas eu tenho a dizer a V. Exª que, em frente única, Getúlio levou
chimangos e maragatos a marcharem juntos para mudar o Brasil. Portanto, façamos
aqui como em 1929, quando chimangos e maragatos se irmanaram para fazer com que
o Brasil pudesse mudar de patamar, se industrializar e ter conquistas
fantásticas. Tenho minhas restrições ao Getúlio, mas não posso deixar de
reconhecer que ele foi um Presidente que marcou uma época e marcou um Brasil
para melhor para toda a Nação.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Agradeço o aparte de
V. Exª, mas quero dizer que, em 1930, partiram juntos, chimangos e maragatos,
pois estou a me referir aos embates de 1893 e 1923, quando a contenda não
perdoava, não havia formas, meios de se fazer a anistia, mas, efetivamente, em
1930, marcharam juntos. Agradeço o aparte de Vossa Excelência.
Então, fica aqui a
sugestão, Ver. João Carlos Nedel, porque há uma dúvida: será aprovado ou não.
Há essa dúvida. Então, eu peço as providências e cautelas de V. Exª, porque,
com as partes envolvidas, a comunidade, a família, nós temos de ter cuidados.
Agradeço a Vossa Excelência. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. JOÃO CARLOS NEDEL (Requerimento): Srª Presidente, atendendo ao pedido do Ver. Elói Guimarães, solicito o
adiamento, por duas Sessões, da discussão do
PLL nº 215/04. Vou atender, primeiramente, para ver se achamos um consenso e
também para não constranger esta Casa de não conseguir 24 votos.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. João Carlos Nedel. (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon – às 15h39min): Encerrada a Ordem do Dia.
Informa-me o conjunto
de Vereadores que, conforme a Mesa Diretora discutiu, foi combinado que, na
próxima segunda-feira, dia 22, haverá Reunião Conjunta das Comissões para
tratar da nova Secretaria, a do trabalho e do emprego, e que V. Exas
preparem seus posicionamentos sobre o tema.
O SR. PEDRO RUAS: É uma Questão de
Ordem que, na verdade, diz respeito de maneira bem relevante a esta Casa. Nós
teremos, no dia de amanhã, neste plenário, às 18h30min, a presença da
Professora de Doutorado de Arquitetura da USP, Raquel Rolnik, Relatora-Geral da
ONU para a Copa do Mundo de 2014 no Brasil. A Profª Raquel Rolnik será recebida
às 9h por S. Exª o Prefeito Municipal e às 15h por S. Exª o Governador do
Estado. Entre uma e outra audiência, a Srª Raquel Rolnik fará visitas a
comunidades da nossa Cidade.
Então: às 9h, com o
Prefeito José Fortunati; às 15h, com o Governador do Estado Tarso Genro, ambas
audiências confirmadas; às 18h com V. Exª, em seu gabinete, e às 18h30min,
neste plenário, para a sua palestra. O que eu gostaria de pedir aos Srs.
Vereadores: primeiro, que compareçam, pois acho que é um momento importante
para a cidade de Porto Alegre; segundo, que convidem outras pessoas, porque nós
precisamos aproveitar essa oportunidade para termos informações relevantes
sobre Porto Alegre. Obrigado.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Bem lembrado,
Ver. Pedro Ruas, é uma atividade promovida por iniciativas da CUTHAB e da
CEDECONDH.
O Ver. João Antonio
Dib informa que, a pedido do Governo, não será realizada a Reunião Conjunta das
Comissões sobre a Secretaria Municipal do Trabalho e Emprego na segunda-feira.
É a informação do Líder do Governo nesta Casa; então, imagino que seja em nome
da base do Governo.
O Ver. Paulinho Rubem
Berta está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; todos que nos assistem
e todos que nos escutam, a OAB do Rio Grande do Sul tem lutado muito, os advogados
têm lutado muito, e são muito parceiros na construção de campanhas que vêm a se
somar no combate ao tráfico, às drogas, e vêm fazendo isso com muita
competência.
Na cidade de Santo
Ângelo, houve uma audiência pública em que os advogados de lá chegaram ao
consenso, apoiados pela OAB, sobre a questão do combate às drogas. Chegou-se à
conclusão de que, hoje, nominar essa droga como crack é contribuir com o traficante, e não com o combate às drogas.
Por lá, surgiu a ideia bem colocada de que se trocasse essa nomenclatura de crack para pedra da morte.
O traficante busca,
muitas vezes, meninos de 10, 11 ou 12 anos para torná-los soldados do tráfico;
ele assedia essa criança com a palavra crack.
Craque é o Ronaldinho! Craque foi o Pelé! Craque de futebol é alguém que está
vencendo com o seu talento nos campos de futebol do Brasil, no melhor futebol
do mundo.
A gente fez esse
Projeto, aqui, nos reportando, e várias cidades do Interior já esgotaram, em
Pauta, este Projeto. São elas: Santo Ângelo, São Francisco de Assis, Giruá,
Santa Rosa, Três de Maio, Tapera, Viamão, Santiago, Passo Fundo, Estância
Velha, Guaíba, Camaquã e Três Passos.
Eu gostaria aqui de
pedir a solidariedade dos nossos colegas Vereadores para que discutissem isso,
que levassem a termo essa troca de nome, para fazermos com que não se trate
mais por essa nomenclatura que associa ao craque de futebol e ao craque de
muitas outras profissões neste Brasil, e que nós passássemos a tratar essa
droga como pedra da morte.
Dizer que isso está
contra a Lei ou é contra o Executivo, enfim, está errado. O que está certo é o
que nós podemos proporcionar à nossa Cidade, ao nosso Estado, ao nosso Rio
Grande do Sul, ao Brasil. Nós temos que combater, e a OAB está fazendo essa
campanha. Por isso nós entramos com esse Projeto, e eu espero que os meus
Pares, os meus colegas Vereadores, tenham a consciência de que temos que
trabalhar no combate ao tráfico e ao traficante, principalmente, para dar
espaço às nossas crianças e desassociar a palavra crack desse tóxico, para “pedra da morte”.
Então, eu gostaria de
pedir, Sr. Presidente, que esta Casa - isso já foi aprovado em várias cidades
do Interior - não ficasse para trás e contribuísse com esta campanha, botando
na Pauta e trazendo à votação, com a aprovação desta Casa, a troca da
nomenclatura de crack para “pedra da
morte”. Isso é uma coisa que ajuda muito, principalmente na periferia, Ver.
Reginaldo Pujol. Craque é o Ronaldinho, craque foi o Pelé, craque foi o
Garrincha; craque na vila, só quando vai para um time grande; traficante não é
craque. O traficante vende uma pedra chamada de crack para adoçar a boca da criança e do adolescente. E nós
precisamos tirar isso de circulação, tem que ser chamada de “pedra da morte”, a
pedra da destruição de famílias inteiras, que são dizimadas pelo tal do crack. Eu não chamo mais de crack, mas de “pedra da morte”. Muito
obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Alceu
Brasinha está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Ver. João Dib, que
eu admiro muito, desde já, Ver. Paulinho Rubem Berta, quero dizer que V. Exª
pode contar com o meu apoio, estarei junto a V. Exª neste seu Projeto. E pode ter
certeza absoluta, muito tu falaste de crack
da vila, mas tem o “craque da Vila”, o Neymar, da Vila Belmiro, do Santos. Mas
pode contar, com certeza absoluta, que estarei junto contigo.
Quantas vezes, Ver.
João Dib, eu venho a esta tribuna, falando as coisas que acontecem em Porto
Alegre? Hoje, pela manhã, Ver. João Dib, às seis e meia, eu estava olhando a
RBS, que mostrou aquilo que mais eu digo, o Hipermercado Carrefour foi
notificado pela 15ª vez! Por quê? Por produtos vencidos, Vereador. Esse Hipermercado,
definitivamente, não é bom para Porto Alegre. Foi notificado pela 15ª vez por
produto vencido. E mais ainda: isso foi palavra da RBS, não sou eu que estou
inventando, eu vi e escutei: propaganda enganosa. Até quando eles vão continuar
fazendo propaganda enganosa? Até quando, Ver. Reginaldo Pujol? Até quando essas
empresas que vêm lá do outro lado do mundo vão fazer essas propagandas
enganosas? Muita gente diz que eu tenho bronca com o Carrefour. Eu não tenho
bronca... Eu tenho bronca, sim, porque eles não ajudam Porto Alegre, eles não
fazem nada por Porto Alegre. Eles fazem sabe o quê? Mentem, fazem propaganda
enganosa. Mais ainda: quantas vezes o cidadão foi enganado? Quantas vezes, quem
sabe, levou um produto vencido? Não sou eu que estou falando; eu ouvi hoje, de
manhã cedo, na RBS. Décima quinta vez.
Então eu penso cá
comigo, quantas vezes, Ver. Dib, lá no Passo D’Areia, quantas vezes aquele
pequeno mercadinho, aquele minimercado, que é da família, Ver. Dib, aquele que
tanto lutou, tanto batalhou, que tem os seus filhos, netos, genro, nora, todos
trabalhando, aí chegou o Carrefour e quebrou, Vereador? Eu perdi as contas de
quantas pequenas empresas quebraram. Havia lá uma empresa que vendia produtos
de alumínio, panelas, pratos, enfim, tinha mais de 100 funcionários. Os caras
perderam, meu amigo, o emprego.
Eu, quando vejo uma
obra do Carrefour ou do BIG, eu fico preocupado. Eu não vou aplaudir, eu não
vou lá comprar nada, eu não ando no mercado deles, eu ando naquele mercadinho
pequeno, lá na vila; aquele é melhor, aquele ajuda a Cidade, aquele colabora
com a igreja, aquele colabora com a associação, aquele dá emprego às pessoas
que moram pertinho, Ver. João Antonio Dib. Aí vêm esses monstros grandes e
terminam, deixam as pessoas endividadas, quebradas. Eu duvido que alguém nesta
Cidade - Vereador, Deputado - possa defender o Carrefour. Eu duvido! Porque eu
defendo o pequeno. Lá na Rubem Berta, do Ver. Paulinho Rubem Berta, quantas
pessoas há trabalhando naqueles mercadinhos pequenos, nas ferragens, farmácias,
padarias? Não é, Vereador? Mais de 1.500 pessoas! Aí eles botam um mercado
enorme, dão meia dúzia de empregos; quebram, e aí? Vamos embora! Como fecharam
lá na Av. Sertório. Graças...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Pinheiro está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
O SR. MAURO PINHEIRO: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Vereadoras e Vereadores; público que nos assiste pelo Canal 16 e
nas galerias, Ver. João Antonio Dib, tenho certeza de que hoje V. Exª vai
concordar pelo menos com o início do meu pronunciamento, porque, muitas vezes,
o senhor, como Líder do Governo, e eu, da oposição, divergimos na política.
Hoje, Ver. Reginaldo Pujol, tenho certeza de que o Ver. João Antonio Dib vai
concordar comigo.
Existe uma grande
polêmica no País inteiro a respeito do aumento do número de Vereadores nas
Câmaras Municipais. Porto Alegre, há pouco tempo, Ver. Reginaldo Pujol, tinha 33
Vereadores, passou para 36, não porque esta Casa tenha feito algum esforço,
mas, sim, por uma lei nacional que acabou aumentando o número de Vereadores.
Agora, novamente, surge a polêmica de que as Câmaras de Vereadores vão aumentar
e podem aumentar o número de Vereadores. E Porto Alegre, Ver. Sebastião Melo,
que tem 36 Vereadores hoje, pela Lei, pode aumentar para 37.
Quero dizer, com toda
a clareza, Ver. João Antonio Dib, que este Vereador - juntamente com a Bancada
do Partido dos Trabalhadores - fiz um debate, hoje, na Reunião da nossa
Bancada. Por que aumentar? Alguns lugares têm que aumentar, mas Porto Alegre,
nós acreditamos, não tem necessidade de aumentar para 37 Vereadores, Ver. João
Antonio Dib. O que é a representação? É ter um número de Vereadores que
represente a sociedade como um todo. Acreditamos que, com 36 Vereadores,
Presidente Sofia, nós temos condições de representar - e muito bem - a
sociedade. Então, a nossa Bancada tirou a posição, Ver. João Antonio Dib, de
deixar como está, manter os 36 Vereadores. Tenho certeza de que o Ver. João
Antonio Dib concorda com a Bancada do Partido dos Trabalhadores, pois as
pessoas de Porto Alegre estão muito bem representadas com os 36 Vereadores hoje
existentes. Além disso, não tem por que não dizer, haverá aumento de gastos,
pois sabemos que, se aumentar o número de Vereadores, acabará aumentando o
número de assessorias. A Câmara até teria recursos para isso, mas os custos
aumentariam, e nós não concordamos, queremos manter assim como está. Essa é a posição
do Partido dos Trabalhadores, e fiz questão de subir a esta tribuna para
externá-la. Até aqui, eu tenho certeza de que o Ver. João Antonio Dib concorda
conosco.
A
partir de agora, quero iniciar uma fala, Ver. João
Antonio Dib, a respeito da Secretaria Municipal da Juventude. O meu tempo está
se esgotando, mas vou começar a falar. A Secretaria da Juventude foi criada,
Ver. Adeli Sell, em 2005, para tratar dos assuntos da juventude, o que seria
muito bom, mas, do jeito que está, não vale a pena nem continuar a existir a
Secretaria da Juventude. Por que, Ver. Oliboni? Pelo número de ações feitas por
ela nesses seis anos. A Secretaria Municipal da Juventude hoje é basicamente
ligada ao ProJovem, e nós sabemos de todos os problemas que causou o ProJovem em
Porto Alegre. Segundo o Secretário Luizinho, a Secretaria da Juventude não vai
mais ter relação com o ProJovem nacional pelos problemas que foram causados,
até porque esse projeto, dentro da Secretaria da Juventude, não teve resultado.
Nós temos aqui os números: em 2006, de 1.763 alunos matriculados, 610 se
formaram; em 2007, de 2.300, 1.300; em 2008, de 1.700, 330; em 2009, de 1.900,
zero! Do total de 7.695 alunos, apenas 2.200 se formaram. É uma Secretaria que
tem apenas um funcionário, 16 CCs, 9 estagiários, num total de 26, e não tem
conseguido fazer um bom trabalho, além dos problemas que já foram citados
diversas vezes por mim mesmo desta tribuna. Então, eu acho que o Prefeito de
Porto Alegre tem que reavaliar o que a Secretaria Municipal da Juventude está
fazendo e se tem a necessidade de essa Secretaria continuar. Ou põe orçamento,
e que ela tenha, realmente, uma atividade e faça alguma coisa pela Cidade, Ver.
Paulinho, que nós sabemos que seria necessário, ou, assim como está, é melhor
não ter Secretaria...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): A Verª
Fernanda Melchionna está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Srª
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; público que nos
acompanha, eu queria começar falando que tem coisas no Parlamento, Ver. Adeli
Sell, que eu não consigo entender. Fica-se uma hora e meia discutindo o nome de
uma praça - como, por exemplo, toda a tarde de hoje, na Ordem do Dia -, sem
entrar no mérito dos debates necessários, muitas vezes, em relação às
homenagens em Porto Alegre. Sem entrar nesses méritos, porque, de fato, eu acho
que há critérios que deveriam ser mudados do ponto de vista, inclusive, da
possibilidade, Ver. Brasinha, de se homenagearem pessoas que cometeram crimes
contra humanidade. Eu não consigo conceber que Porto Alegre, em 2011, tenha a
sua principal via de acesso ainda com o nome de um presidente da ditadura
militar, que foi presidente de um golpe, e não um presidente eleito
democraticamente pelo povo brasileiro. Então, tem questões fundamentais a serem
discutidas em relação às homenagens, o que não foi o debate que nós vimos hoje.
Ao mesmo tempo em que
se fica uma hora e meia fazendo esse debate, há um Projeto fundamental para as
mulheres com gravidez de alto risco na cidade de Porto Alegre, que não foi
nenhuma invenção desta Vereadora, mas que foi uma reivindicação de setores da
Saúde, para que pudéssemos ter uma política pública de defesa das mulheres com
gravidez de alto risco. Nós apresentamos um Projeto permitindo a gratuidade, no
transporte coletivo, às mulheres que têm hipertensão, que têm diabetes, que
podem perder os seus bebês por conta de uma gravidez complicada, desde que
comprovada a situação por um profissional habilitado da rede pública de Saúde,
para garantir um direito às mulheres de baixa renda que se encontram em
situação de risco. Esse mesmo Projeto foi arquivado de maneira arbitrária, em
função do Precedente Legislativo. Casualmente, em 2009, eu tive a oportunidade
de brigar muito contra essa cláusula do Precedente Legislativo, pela questão da
possibilidade de tolher o debate acerca dos direitos e acerca da bandalheira em
que se transformou o transporte coletivo da cidade de Porto Alegre, porque nós
estamos debatendo um direito para pessoas em situação vulnerável. Ninguém fica,
Ver. Tessaro, uma hora numa fila de ônibus para vir, como uma sardinha enlatada
- como são os ônibus em horário de pico -, para o Centro de Porto Alegre, se
não precisar. Ninguém fica, como, por exemplo, uma mulher grávida - e o Projeto
previa -, esperando por um transporte coletivo nessas condições. Não é possível
que nós não vejamos que R$ 2,70, ou melhor, R$ 5,40, numa viagem de ida e
volta, é um valor altamente restritivo para pessoas de baixa renda. E o nosso
Projeto era muito modesto, concedia esse benefício apenas às mulheres com
gravidez de alto risco, mas, lamentavelmente, essa matéria nem sequer pode
tramitar na Câmara Municipal. Que Câmara Municipal é essa que não permite o
debate dos direitos? Que Câmara Municipal é essa onde parece que tem um tabu em
relação ao transporte coletivo? Que tipo de debate se pode fazer aqui se,
quando se quer debater o lucro de meia dúzia de empresários que ganham milhões
às custas do povo porto-alegrense, isso não é permitido? Tem que ser arquivado
o Projeto, porque não é permitido tramitar na Casa.
Infelizmente, eu e o
Ver. Pedro Ruas, os dois autores desse Projeto, teremos que arquivá-lo, porque,
lamentavelmente, parece que os Parlamentos andam de costas no sentido da
tramitação, das suas possibilidades legislativas para o que o nosso povo, via
de regra, precisa. Não é à toa que os jovens no mundo estão tomando as praças
reivindicando democracia real, porque uma democracia em que essa matéria nem
sequer pode ser discutida, lamentavelmente, ainda não é democracia.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Dr.
Thiago Duarte está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. DR. THIAGO DUARTE: Grande Ver. DJ
Cassiá, na presidência dos trabalhos, colegas Vereadores; eu venho a esta
tribuna para abordar duas situações muito importantes. A primeira é que eu
tenho que fazer aqui um agradecimento caloroso aos meus colegas da Comissão de
Saúde e Meio Ambiente: Ver. Oliboni, Ver. Beto Moesch, Ver. Dr. Raul, Ver.
Todeschini e Ver. Mario Manfro. Durante o transcurso do primeiro semestre, nós
realizamos um árduo trabalho de 40 reuniões na Comissão de Saúde e Meio
Ambiente. Mais importante do que o número de reuniões é a resolubilidade que
tivemos nessas nossas intervenções coletivas. Esse trabalho coletivo acabou
resultando num material da Comissão de Saúde e Meio Ambiente que eu faço
questão de divulgar aqui. (Mostra apostila.) Estamos tentando, junto à Direção
da Casa, viabilizar a informação às pessoas que nos procuram, aos próprios
colegas Vereadores a respeito das atividades que desenvolvemos e dos
encaminhamentos que foram dados às questões, que são diversas.
Foi falado aqui hoje
sobre as pessoas receberem honrarias depois que morrem. Pois é, na Comissão de
Saúde e Meio Ambiente, nós discutimos, sim, a questão do cemitério da Ilha da
Pintada, que teve seu fechamento decretado há mais de um ano, não pelo Prefeito
de Porto Alegre, mas pelo Prefeito de Eldorado, uma vez que o terreno figura no
Município de Eldorado, o que ocorreu em função de uma questão ambiental. Pela
aproximação da Comissão e com conhecimento do território pelo Ver. Dr. Raul, do
meio ambiente pelo Ver. Beto Moesch, e também com a colaboração dos outros
colegas, se pôde chegar a um bom termo no sentido de que não se agredisse o
meio ambiente e que essas famílias pudessem, de forma correta, sepultar os seus
mortos em tumbas verticais. Passamos pelas questões vinculadas à Saúde, Ver.
Oliboni, como a questão que há muito tempo vinha sendo discutida, a questão dos
médicos; conseguimos sanar o IMESF, quando V. Exª ajudou a construir a grande
maioria das Emendas; a questão vinculada à Secretaria Especial dos Direitos
Animais, quando o Ver. Beto Moesch contribuiu, também, com toda a sua
experiência naquele processo. Enfim, foram diversos assuntos em que
conseguimos, sem dúvida nenhuma, avançar. O Ver. Oliboni, nosso futuro
Deputado, foi fundamental na aprovação do Projeto da Secretaria Especial dos
Direitos Animais, naquela oportunidade, por reconhecer a relevância do tema.
Ele foi fundamental nesse processo, e é importante que fique registrado aqui.
Para finalizar, neste
tempo que me resta, eu gostaria de falar, no tema partidário, do nosso
Congresso da Legalidade do PDT. Então, nós vamos ter reuniões estaduais e
municipais que ocorrerão primeiro em Porto Alegre, nos dias 1º, 2 e 3 de
setembro, na Assembleia Legislativa, e convido todos do PDT, de fora do PDT, a
irem, em especial no dia 2 de setembro, à Assembleia Legislativa, discutir as
questões vinculadas à Saúde. A Mesa será composta pelo Secretário Ciro Simoni e
por mim e, sem dúvida nenhuma, vai contar com a participação e a colaboração de
todos os militantes trabalhistas e de todos os militantes do PDT, para poder
construir, a partir daí, uma Saúde melhor para todos. Muito obrigado, Ver. DJ
Cassiá, e agradeço pelo tempo.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. PRESIDENTE (DJ Cassiá): O Ver. Aldacir
José Oliboni está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
(A Verª Sofia Cavedon
reassume a presidência dos trabalhos.)
O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre
Presidente, Verª Sofia Cavedon; colegas Vereadores, Vereadoras; público que
acompanha a nossa Sessão de hoje, agradeço o nobre Líder, Ver. Mauro Pinheiro,
companheiro da Bancada, por ceder este tempo para eu fazer um pequeno
esclarecimento a respeito do grande acordo feito ontem na Assembleia
Legislativa - as quatro maiores Bancadas -, de rodízio para o Tribunal de
Contas da União. Segundo esse acordo, coube ao nosso querido ex-Vereador,
Deputado Estadual Estilac Xavier - atualmente ocupando a Secretaria-Geral do
Governo - ser indicado para aquele Tribunal; ele tem uma trajetória muito
bonita, e, com certeza, fará um belo trabalho.
Com isso assume, por
convite do nosso Governador Tarso Genro, essa vaga de Secretário da Secretaria
de Governo a companheira e Deputada Estadual, Miriam Marroni, que é uma grande
companheira, com uma história exemplar, seja na sua cidade, seja na sua
militância, seja no Parlamento.
Os colegas Vereadores
e Vereadoras sabem que eu também disputei uma eleição para Deputado Estadual, e
tive a felicidade de obter 24.754 votos, ficando como terceiro suplente da
Bancada do Partido dos Trabalhadores. Todos nós sabemos - e muitos colegas aqui
foram candidatos - da enorme dificuldade que se tem, na conjuntura atual,
competindo com estruturas muito diferenciadas, como é difícil de a gente obter
votos, como é difícil galgarmos uma vaga na Assembleia Legislativa.
Mas, por esta
felicidade de ser Governo - vamos dizer assim -, o companheiro Tarso Genro saiu
com a coalizão feita, e que deu a sua vitória, então, agora surge a
possibilidade de este Vereador ir para a Assembleia Legislativa por ser, no
momento, o 1º Suplente a Deputado Estadual.
Nós recebemos muitos
telefonemas, e a imprensa, realmente, tem nos perguntado: como ficaria a Câmara
de Vereadores se o Oliboni for para a Assembleia Legislativa? Todos nós sabemos
que, em nós nos elegermos Deputado Estadual ou Federal, nós teríamos, é claro,
que renunciar ao mandato de Vereador. Seria até importante que isso não fosse
necessário, porque, vejam um exemplo muito concreto do passado, do colega
Pujol, que seis meses depois, teve que retornar, já havia renunciado e,
portanto, perdeu o espaço.
Mas, nós, como
Partido, estamos trabalhando na ideia de que alguns Deputados Estaduais,
convidados para o Governo do Estado, como é o caso do companheiro Mainardi,
Secretário da Agricultura, e da Stela Farias, hoje Secretária de Administração,
possam continuar no Governo; aí sim, tenham certeza absoluta de que este
Vereador vai renunciar e vai assumir a vaga na Assembleia Legislativa.
Portanto, teremos essa informação definitiva depois de conversarmos com o
Governador, depois de conversarmos com esses dois nobres Deputados, hoje
Secretários, sobre o que deverá acontecer até a próxima sexta-feira.
Então, eu quero, com
certeza, não só agradecer a gentileza, a simpatia, a elegância dos colegas
Vereadores e Vereadoras por parabenizarem este Vereador, por ter, enfim, tido
esta oportunidade, mas, mais do que isso: quero publicamente agradecer aos
eleitores que estiveram conosco nessa caminhada. E quero dizer que, nesse
período de 30 a 40 dias, ainda estarei aqui contribuindo com os colegas nas discussões,
nos Projetos, porque é o período no qual o companheiro Estilac Xavier terá o
tempo de ser sabatinado pela Assembleia Legislativa e poder ser aprovado, Ver.
Mauro, para ir ao Tribunal de Contas.
Então, nesse sentido,
faço apenas um esclarecimento, para que fiquem sabedores de que, uma vez o
Oliboni renunciando, assume sua vaga o companheiro do PRB, que é companheiro de
Partido do Ver. Waldir Canal, e não da Bancada do PT, como alguns jornais
noticiaram, a companheira Verª Margarete Moraes. A Verª Margarete Moraes é a 2ª
Suplente; portanto a vaga fica com o PRB.
Até então, agradeço
esperando que tudo dê certo e que nós, como eu e tantos outros Vereadores,
acabemos galgando outros cargos quando surgir a possibilidade. E, com certeza,
seguiremos em frente lutando por uma Cidade, por um Estado, por um País melhor.
Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Luiz
Braz está com a palavra para uma Comunicação de Líder por transposição de tempo
com o Ver. Sebastião Melo.
O SR. LUIZ BRAZ: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, quando o Ver.
Oliboni veio a esta tribuna, eu pensava que o Ver. Oliboni reafirmaria a tese
defendida pelo seu Partido, Partido dos Trabalhadores, de que políticos
detentores de mandatos não deveriam assumir o Tribunal de Contas. Eu até
pensava, mais uma vez - e eu sou muito ingênuo mesmo -, que a tese do PT era
sincera, era o ideal. Mas não! É, eu sou ingênuo, o que vou fazer? Eu vou
acreditando. Eu pensava que a tese petista era sincera, mas, mais uma vez, o PT
se desmentiu, porque o seu discurso é só para chegar ao poder, aos cargos, para
atingir o mando; é o poder pelo poder! É por isso que o País chegou ao ponto
que chegou! Essa corrupção toda está em todas as esferas de Poder, em todos os
Ministérios; onde o PT está, lá está a corrupção.
Agora, mais uma vez,
o nosso ex-companheiro de Câmara Municipal, agora Deputado e ocupando uma
Secretaria, Estilac Xavier, vai buscar as assinaturas com os outros Deputados -
e eu não sei quais argumentos que ele usará, porque, até então, ele era contra
aqueles que ocupassem o Tribunal de Contas -, de apoio para que o seu nome seja
respaldado, para que ele seja um Conselheiro e se aposente de forma nababesca
como Conselheiro do Tribunal de Contas!
Eu pensava que o Ver.
Oliboni também fosse um homem sincero e viesse a esta tribuna e falasse sobre
este tema, mas não! Mais uma vez, fugiram do debate! Mais uma vez, mostram que
não querem absolutamente nada para a sociedade, querem só para si! É aquela
política que enriqueceu o Lula, sua família, os amigos do PT. Todos eles
ficaram ricos, Ver. Tessaro, porque ganharam fortunas! E a Presidente Dilma não
está entrando com um processo - que eu saiba - para que ninguém devolva absolutamente
nada! Todo o mundo está ficando milionário com essa política, Ver. Sebastião
Melo! E eu quero agradecer V. Exª por ter invertido comigo o tempo para eu vir
a esta tribuna, porque a população brasileira não pode mais continuar sendo
enganada dessa forma. Se eu estou, mais uma vez, enganado com relação ao meu
discurso ou ao meu pensamento, por favor, venha alguém do PT e fale sobre esse
tema aqui nesta tribuna, e explique para as pessoas, para a população, para a
sociedade, por que o discurso anterior era um e, agora, que vão ganhar um cargo
do Tribunal de Contas, o discurso ser outro. Ninguém falou sobre isso. E é
claro que não vão falar, porque vão ser beneficiados! E o que eles querem é só
isto: é benefício para o próprio grupo, é fortalecimento do próprio grupo! Mas,
felizmente, aqui em Porto Alegre, a sociedade já percebeu isso e não vota mais,
como já votou anteriormente, no PT. Graças a Deus!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Prezada Presidente,
meus colegas Vereadores, minhas colegas Vereadoras, primeiro, eu acho que a
Assembleia Legislativa vai ganhar um bom Deputado, porque o Ver. Oliboni tem
demonstrado, aqui nesta Casa, muita eficiência, especialmente na área da Saúde,
e o Rio Grande do Sul tem muitos Deputados, e Porto Alegre tem poucos
Deputados. Então, eu quero desejar sucesso a V. Exª. Muitos de nós disputamos
eleição aqui em Porto Alegre, e V. Exa recebe a oportunidade e vai
nos representar bem.
Segundo, eu acho que
o Estilac - e eu trabalhei com ele aqui, nesta Casa -, que foi Líder do Governo
Tarso Genro, tem competência para exercer a função. Quero dizer que eu não sou
como o PT. Eu sempre achei que o Tribunal de Contas pode ter técnicos e pode
ter políticos. Agora, há políticos competentes e políticos incompetentes, assim
como há técnicos competentes e técnicos incompetentes. Eu lembro, como se fosse
hoje, Ver. Oliboni - e eu sei que isso não vai acontecer com o Estilac Xavier
-, e até não vou citar o nome para não constranger, mas, Ver. Paulinho, na
Comissão atinente a essa matéria, na Assembleia Legislativa, foi perguntado ao
conselheiro: “V. Exª pode dizer quais são os cinco princípios da administração pública?”
E o sujeito “babou a gravata”, não soube dizer. Quero dizer que, como ele, há
vários no Tribunal de Contas ao longo dos anos, mas eu acho que o ser político
é aquele que talvez tenha a compreensão do todo. Não concordo com essa lógica
feita na Assembleia Legislativa, mesmo que o meu Partido tenha participado
dela, porque ela é excludente: as Bancadas maiores produzem o rodízio para
indicar os membros do Tribunal de Contas. Eu não concordo com isso!
Acho que, em matéria
de coerência, todos nós aqui estamos um pouco contaminados - eu não vou tratar
essa matéria, Ver. Tessaro, com fundamentalismo -, porque estamos todos com o
telhado de vidro sobre tudo. Se eu falar uma coisa aqui no Estado, vão dizer:
“Olha, o teu Partido, nacionalmente, estadualmente, municipalmente...” Então,
com todo o respeito, todos nós estamos com um telhado muito descoberto.
Eu quero dizer para
vocês que eu não tenho pena, porque eu acho que ele é um homem de bem, mas o
que eu tenho visto o Raul Pont dar de explicações sobre essa matéria, porque,
de todos os petistas, talvez este tenha sido o que mais se expôs, Ver. Pujol. O
PT tem Bancada desde 1986, quando os primeiros Deputados chegaram à Assembleia
Legislativa. Em todos os momentos, dentro ou fora do Parlamento, o PT disse:
“Nós não compactuamos com essa regra”. Pois agora não só mudaram de lado como
fizeram um grande acordo. O Governador indica esse; depois a Bancada indica
aquele para o Governador, e está tudo acertado, no butim.
Eu quero deixar
registrado que isso, na minha avaliação, tem um preço político, mas,
evidentemente, quem responde por isso não sou eu.
Eu quero dizer a esta
Casa, Presidente, que eu estou em fase de estudo final, e talvez seja a última
lei que eu proponha nesta Casa. Estou trabalhando com um grupo grande e vou
propor a esta Casa a chamada Lei das Metas. Eu estive em São Paulo,
acompanhando o movimento Nossa São Paulo, fruto do Congresso da Cidade, que
acontece aqui. Aliás, sexta-feira haverá um debate excelente com o ex-Prefeito
de Bogotá. Eu tenho ido a vários encontros, e lá, meus caros Vereadores, nasceu
um movimento da sociedade civil que fez uma mudança na Lei Orgânica dizendo o
seguinte: o Prefeito, depois de eleito, tem 90 dias para registrar em cartório
o que ele vai fazer durante os quatro anos. E ele tem que criar um dispositivo,
que é um site da Prefeitura com
indicadores. Por exemplo, quando eu estive lá em São Paulo, o Kassab disse que
ia fazer 200 creches e, até agora, ele fez 20 creches. O jornal Folha de São
Paulo está batendo nele todos os dias, e ele agora está vendendo vários
terrenos para fazer as outras creches. Eu não sei se foi Bismarck quem disse
isto ou se foi outro, mas a frase é mais ou menos assim: “Nunca se mente tanto
como antes das eleições e depois das pescarias”. Eu acho que essa Lei vai botar
uma canga excepcional, e eu quero convidar...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. SEBASTIÃO MELO: ... e eu quero
convidar todos para assinarem este Projeto, e acho que ninguém será contra. O
sujeito diz que vai fazer o transporte coletivo da Zona Sul, e ele vai ter de
registrar isso; ele diz que vai fazer a creche na Vila Pinto, e vai ter de
registrar isso. Depois, semestralmente, ele terá que prestar contas. A mudança
foi feita na Lei Orgânica, Ver. Braz; portanto, o não cumprir significa crime
de responsabilidade. Então, eu estou aprontando o Projeto, vou trazê-lo,
distribuí-lo e receber contribuições. Espero contar com a parceria de vocês para
fazermos, juntos, uma lei que vai, de uma certa forma, dar um bom rumo à
eleição do ano que vem. Muito obrigado pela compreensão, Presidenta, de ter me
permitido a conclusão deste raciocínio. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Reginaldo Pujol está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente,
senhoras e senhores Vereadores, eu estava dialogando com o Ver. Elói Guimarães,
um dos mais antigos integrantes desta Casa, de várias Legislaturas, de muita
experiência, e não peguei na totalidade parte dos pronunciamentos aqui
ocorridos. Evidentemente, eu ouvi atentamente o Ver. Paulinho Rubem Berta
propor, defender o seu Projeto de Lei, com o qual eu quero me solidarizar desde
já. No primeiro dia que trouxeram aqui para a Casa as pessoas vinculadas à RBS,
que vieram aqui fazer uma exposição e falar sobre o combate ao crack, eu disse que para mim o craque é
o melhor do time, sempre achei assim. Então, esta palavra ficou satanizada
agora. Eu tenho a mania, inclusive, de falar: “Como é que vai esse craque ou
esse supercraque?”, mas já fico com medo de ofender a pessoa! Então, V. Exª tem
razão nessa sua proposta.
O Ver. Dib sabe
perfeitamente bem que tenho esta posição, pois eu estava sentado ao lado dele
na reunião de Lideranças quando me manifestei nesse sentido. Eu tenho com Ver.
Dib alguma coisa em comum, eu fui Vereador com ele quando havia 21 Vereadores;
fui Vereador quando havia 33 Vereadores e sou Vereador, agora, quando há 36
Vereadores.
Quer dizer, esta
proposta de aumentar o número de Vereadores, mais um, de 36 para 37, não vejo
nela os malefícios que alguns estão vendo; ao contrário, vejo um grande
benefício.
A
Vereadora-Presidente deve lembrar que, quando este assunto foi suscitado na
reunião de Líderes, eu disse o seguinte: “Façam qualquer uma proposta, façam
para aumentar para 37 ou para reduzir para 35, mas não mantenham o número par,
que é um absurdo que a Lei tem empurrado à Câmara Municipal!”
Agora, Vereador, eu não
tenho a menor dificuldade de sustentar favoravelmente esse acréscimo de um
Vereador, porque nós não temos o direito de querer legislar em função das
nossas posições pessoais e comprometer o futuro. Eu acho que reduzir o número
de Vereadores reduz a amplitude da representação popular. Tivéssemos nós, como
é o desejo do Ver. Dib, 21 Vereadores, nós não teríamos o número de Partidos
que temos hoje, aqui na Casa. Já vários Partidos não conseguem, com 36, 37 ou
35 Vereadores; imaginem com 21.
Então, eu quero, com
muito respeito à posição do Partido dos Trabalhadores, Ver. Adeli - fui
informado de que o Partido, em conjunto, se manifestou contra o Projeto de 37
Vereadores -, dizer que respeito a posição, mas a considero equivocada e sob
fundamentos econômicos insustentáveis.
Ora, o dia em que
ficarmos com a ideia de que precisamos economizar reduzindo o número de
Vereadores, porque fica mais econômico para a Cidade, nós correremos o risco de
ficar fazendo coro para algumas pessoas que entendem em fazer economia total,
Ver. Braz. E a economia total, é não ter Vereadores, não precisar remunerar
Vereador! Essa é a economia total! Raciocinar nesses termos de economicidade,
quero dizer que é um grave equívoco, porque eu sou delicado, eu jamais
ofenderia os meus colegas Vereadores do PT que tomaram essa posição que tem um
lustro de farisaísmo, sem dúvida nenhuma. A opinião pública, ou melhor, a
opinião publicada se manifesta contrariamente aos aumentos que estão ocorrendo
no Interior. Mas aí estão subindo de nove para quinze; de dez para dezoito.
Aqui é um! E vão fazer toda essa tempestade por causa de um Vereador? Não!
Então, com toda...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ... uma vez que estou
falando para a Casa e não estou falando para o grande público, mas não tenho
temor nenhum em falar para o grande público. Mais uma vez, eu vou fazer a
afirmação: eu sou partidário que, de acordo com aquilo que a Lei permite, nós
tenhamos, na próxima Legislatura, 37 Vereadores. E recomendo essa posição para
a Casa como a mais coerente, a mais adequada e a mais democrática. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. João
Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon, em primeiro lugar, eu quero dizer que sou contrário ao aumento
do número de Vereadores, sou contrário ao aumento do número de Deputados, sou
contrário ao aumento do número de Estados neste País; sou contrário ao aumento
do número de Municípios e não vejo solução. E mesmo que esta Casa quisesse
passar de 36 para 37 Vereadores, eu tenho todas as dúvidas do mundo de que
seria capaz de, num prazo de 50 dias, modificar a Lei Orgânica para que isso
ocorresse. Portanto, fica a minha contrariedade e a certeza de que isso não vai
ocorrer.
Bem, mas eu queria
falar aqui sobre a Vila Dique. Grande parte dela já foi transferida, e, assim
sendo, as condições de saneamento melhoraram uma enormidade. Em 2008, doenças
como diarreia, leptospirose, verminose, infecções da pele, hepatite A, febre
amarela e dengue eram comuns, porque 90% do esgoto, ali na Vila Dique, era
lançado no Arroio, diretamente, sem nenhum tratamento. E, hoje, nas novas
moradias, o esgoto é lançado na rede cloacal e vai para uma estação de
tratamento de esgoto, recebendo elogios de todos aqueles que cuidam da saúde
pública e fazendo com que a população tenha melhores condições de vida,
diminuindo sensivelmente o número daqueles que são afetados por doenças,
principalmente as crianças.
Eu quero ler aqui uma
manifestação do Diretor Humberto Goulart, do DEMHAB, que diz: “A grande
conquista do saneamento pelos moradores da antiga Vila Dique é a ausência do convívio
em meio de esgoto a céu aberto, sem a constante presença de águas infestadas do
arroio Dique. Agora eles têm vaso sanitário e água potável que corre dos
chuveiros e das torneiras das novas residências. Para a Cidade, o benefício é
que os futuros cinco mil moradores da Nova Dique enviarão seus esgotos para uma
grande e moderna estação de tratamento de esgotos antes de serem despejados no
lago Guaíba.”
Mas quero manifestar
a minha preocupação também, porque eu vejo que boa parte da Vila Dique já foi removida,
e a pista do Aeroporto poderia ter sequência, por ser uma das coisas tão
reclamadas, mas os PAC, que são editados pela Presidência da República, ainda
não fizeram com que a Infraero se movimentasse no sentido de aumentar a pista
do Aeroporto Salgado Filho.
Nós temos até uma
Comissão, aqui instalada, para auxiliar no trato das obras a serem feitas e que
são muito desejadas e muito necessárias, inclusive para fazer com que, em dias
de cerração, o que são muito comuns aqui no nosso inverno, os aviões possam
decolar e aterrissar em Porto Alegre com a segurança devida.
Tanto quanto eu sei,
já existe um equipamento no Aeroporto Salgado Filho; no entanto, esse
equipamento não foi utilizado até agora, porque não tem como fazer a instalação
em razão das dimensões que a pista tem e por outros problemas que a Infraero
tem que enfrentar.
Portanto, eu quero
cumprimentar o Departamento Municipal de Habitação pelo trabalho que vem
fazendo, melhorando as condições de saneamento dos moradores da antiga Vila
Dique. Os dados levantados nos mostram que a incidência de doenças diminuiu de
uma forma bastante satisfatória, especialmente as crianças foram menos
atingidas. Portanto, cumprimentos à Administração do Prefeito Fortunati e à
Administração do Ver. Dr. Goulart, lá no DEMHAB. Porto Alegre está melhorando,
mas com um esforço muito grande da Administração, e é por isto que eu fico
contente, vejo que as coisas estão acontecendo, e os problemas, a cada dia, vem
sendo resolvidos. Espero que a Câmara Federal regulamente a Emenda
Constitucional nº 29, e aí nós teremos uma Saúde muito melhor em Porto Alegre -
eu fiquei impressionado que algumas pessoas tenham que esperar seis anos para
fazer uma cirurgia no joelho. Saúde e PAZ!
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Passamos à
(05
oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 2082/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 076/11, de autoria do
Ver. Nelcir Tessaro, que
concede o uso de parte do Parque Maurício Sirotsky Sobrinho para a instalação
de equipamento de caráter religioso-cultural, a ser denominado Capela Crioula
de São Pedro, e dá outras providências.
PROC.
Nº 2284/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 089/11, de autoria do
Ver. Paulinho Rubem Berta, que
obriga o Poder Público Municipal a utilizar a terminologia “pedra da morte”
para designar o entorpecente derivado do Erythroxylon Coca conhecido
como “crack”.
PROC.
Nº 2448/11 – PROJETO DE EMENDA À LEI ORGÂNICA Nº 004/11, de autoria do
Ver. Elói Guimarães e outros, que
altera o inc. III do art. 57 e os §§ 1º e 2º do art. 92 e inclui § 4º neste
artigo, todos da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, dispondo sobre
competência da Câmara Municipal de Porto Alegre e licença do prefeito e
vice-prefeito.
2ª SESSÃO
PROC.
Nº 2334/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 093/11, de autoria do
Ver. Mauro Zacher, que
institui o Programa Pedalando e Aprendendo.
PROC.
Nº 2508/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 106/11, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que
inclui a Tertúlia Maçônica da Poesia Crioula no Anexo I à Lei nº 10.903, de 31
de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto Alegre e o
Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a gestão desses
calendários e revoga legislação sobre o tema –, realizada na última semana de
agosto dos anos pares.
PROC.
Nº 2525/11 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 028/11, que cria cargos em comissão e funções
gratificadas, que passam a integrar a letra “c” do Anexo I da Lei nº 6.309, de
28 de dezembro de 1988, altera a Lei nº 9.782, de 6 de julho de 2005, alterando
a denominação da Secretaria Especial de Acessibilidade e Inclusão Social
(SEACIS) para Secretaria Municipal de Acessibilidade e Inclusão Social
(SMACIS), e revoga os arts. 10 a 16 da Lei nº 9.782, de 6 de julho de 2005.
PROC.
Nº 2542/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 107/11, de autoria do
Ver. Dr. Raul Torelly, que
concede o título de Cidadã de Porto Alegre à professora Maria da Conceição
Nogueira Pires.
PROC.
Nº 2577/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Dom Antônio Cheuiche o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 7011 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 0820/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 020/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
inclui o Festival Internacional de Tango de Porto Alegre no Anexo II à Lei nº
10.903, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Eventos de Porto
Alegre e o Calendário Mensal de Atividades de Porto Alegre, dispõe sobre a
gestão desses calendários e revoga legislação sobre o tema –, nos meses de maio
de junho.
PROC.
Nº 1971/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 071/11, de autoria do
Ver. Alceu Brasinha, que
altera o caput do art. 1º da Lei nº 10.838, de 11 de fevereiro de 2010 –
que determina a execução do Hino Nacional e do Hino Rio-Grandense no jogos
esportivos federados de caráter nacional ou internacional realizados no
Município de Porto Alegre e dá outras providências –, dispondo sobre a execução
desses hinos em jogos esportivos federados de caráter nacional. Com Emenda
nº 01.
PROC.
Nº 2434/11 – PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 024/11, de autoria do Ver. Engenheiro
Comassetto, que concede o
Diploma Honra ao Mérito ao Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de
Combustíveis e Lubrificantes do Estado do Rio Grande do Sul – Sulpetro.
PROC.
Nº 2570/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 108/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua José Carlos Bohne o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 7013 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2571/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 109/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Padre Arthur Morsch o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 7012 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2572/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 110/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmão Firmino Biazus o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 7014 – Loteamento Moradas do Sul.
PROC.
Nº 2586/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 112/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmão Jaime Biazus o logradouro público cadastrado conhecido como
Rua 6452 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 2588/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 113/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Nestor José Nitschke o logradouro público cadastrado conhecido
como Rua 6450 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
PROC.
Nº 2613/11 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 114/11, de autoria do
Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Itacyr Rossi o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
6451 – Loteamento Caminho do Sol –, localizado no Bairro Guarujá.
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver.
Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.)
Ausente. O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. REGINALDO PUJOL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, a Pauta de hoje é extensíssima, tem
algo como quase 20 projetos que estão em discussão preliminar, desde a proposta
do Ver. Nelcir Tessaro, com a colocação de uma capela crioula no Parque
Maurício Sirotsky; a proposta que eu já tive a oportunidade de comentar, do
Ver. Paulinho Rubem Berta, relativa à terminologia “pedra da morte” para
designar a droga que, normalmente, é apresentada como crack; até outras tantas alterações como, por exemplo, a proposta
do Ver. Nelcir Tessaro; também a do Ver. Brasinha, que altera o caput do art. 1° da Lei nº 10.838, de 11
de fevereiro de 2010, que determina a execução do Hino Nacional e do Hino
Rio-Grandense nos jogos esportivos federados de caráter nacional ou
internacional realizados no Município de Porto Alegre e dá outras providências;
dispõe o Vereador sobre a execução desses hinos em jogos esportivos federados
de caráter nacional.
Bom, se nós
observarmos, o Rio Grande do Sul não é sozinho nessa iniciativa. Se assistirmos
aos jogos no Estado de São Paulo, no Estado do Paraná, também lá os seus hinos
são cantados. O Ver. Tessaro foi autor dessa Lei. Eu, inclusive, introduzi uma
Emenda e quero aqui salientar esse particular. A nossa Emenda restringiu,
Vereador, aos jogos nacionais e internacionais. A realização e apresentação dos
hinos nos jogos estaduais é decorrência de uma lei estadual, e não da sua Lei
que eu emendei. Então, se a Federação Gaúcha de Futebol resolveu cumprir uma
lei estadual, eu não posso dispor, por exemplo, que lá em Caxias do Sul seja
cantado o Hino Nacional em jogos nacionais, internacionais, em qualquer lugar,
porque nós não temos esse poder. Nós éramos limitados a Porto Alegre. E eu não
vejo essa vontade, a não ser de um forte grupo de comunicação comandado por um
amigo pessoal do meu amigo Brasinha, que não se conforma com isso, e eles estão
equivocados, porque estão achando que foi a nossa Lei que gerou a situação que
eles combatem. Então, se o Ver. Brasinha pretende restringir aos jogos
nacionais, tudo bem.
O Sr. Nelcir Tessaro: V. Exª permite um
aparte?
O SR. REGINALDO PUJOL: V. Exª me honra com
o aparte.
O Sr. Nelcir Tessaro: Parabéns pela sua
explanação, Ver. Reginaldo Pujol, e, para agregar mais, quero dizer que também
existe, e já passou por duas Comissões na Câmara Federal, uma lei que obriga a
execução dos hinos estaduais e nacional em todos os jogos da Confederação
Nacional, em todo o País. E eu lhe dou os parabéns por interpretar corretamente
o que estamos discutindo.
O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito. Dessa
forma, Presidente, eu tenho pelo Ver. Brasinha, colega de Bancada do Ver.
Tessaro, um carinho muito especial, até porque nós dois somos gremistas, ele
muito mais ferrenho do que eu, mas temos a mesma simpatia clubística. Não vejo
necessidade de alteração da Lei proposta pelo Ver. Nelcir Tessaro, para a qual
eu contribuí com uma emenda; inclusive, ele não ficou, na ocasião, muito
satisfeito, mas acabou concordando depois que era o mais lógico. E não é
endereçada apenas ao futebol, é endereçada ao futebol de salão, ao voleibol, ao
basquetebol, a todas as competições interestaduais ou internacionais que aqui
se realizem. Para isso, Vereador, dificilmente nós vamos conseguir revogar essa
disposição, porque é tradição em todos os países. Quando se vai ter uma
competição internacional no futebol...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. REGINALDO PUJOL: ... e cantar o Hino
do Rio Grande é uma coisa que eu faço com muito calor, muita empolgação e quero
continuar fazendo - eu e a torcida do tricolor, que o Ver. Brasinha tanto
defende.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Toni
Proença está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Srª Presidente, Verª
Sofia Cavedon; meus colegas Vereadores, é importante dizer que nem sempre que o
Vereador não está em plenário significa que ele não está atuando na vida
parlamentar. Nós somos muito chamados aos nossos Gabinetes, é absolutamente
normal. Então, quando a Presidente diz que o Vereador pode não estar no
Plenário não significa que o Vereador está vadiando: ele está trabalhando em
outra localidade. Às vezes, se produz mais além do trabalho no plenário; às
vezes, o plenário é improdutivo, mas, em outras, é muito produtivo.
Antes de entrar na
matéria, Ver. Reginaldo Pujol, quero dizer a V. Exª que pretendo travar um
belíssimo debate com o senhor sobre esse tema dos Vereadores, porque eu não
caminho nessa direção que o senhor está dizendo. Acho que a democracia tem
preço. Não é por questão de valores, é que eu acho que um Vereador a mais não
vai fazer a diferença nesta Casa, mas vamos conversar isso no momento oportuno.
O Ver. Paulinho Rubem
Berta me procurou, já pela segunda vez, para falar do seu Projeto de Lei, que
tem dois artigos: 1º - Fica o Poder Público Municipal obrigado a utilizar, na
redação de documentos, relatórios e manifestações, a terminologia “pedra da
morte” para designar o entorpecente derivado do erythroxylon coca, conhecido como crack. 2º - Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação.
Ver. Elói, V. Exª,
antes de ser Vereador, é Procurador de quilate, de envergadura, de escol, e
acho que a gente tem que ajudar o Ver. Paulo - V. Exª pode ajudá-lo nisso.
Eu vejo um esforço
enorme dos meios de comunicações, das ONGs, dos pais, das mães, contra essa
chaga que chegou aos nossos lares, chamada droga. Diz a ONU que 12% da
humanidade é de alcoólatras, e eu vejo, com tristeza, um técnico da seleção
brasileira fazer propaganda de bebida alcoólica. Eu tomo cerveja, tomo vinho,
não há problema nenhum, mas acho um absurdo, Tarciso - V. Exª é um desportista
-, um desserviço à Nação, um sujeito usar o salário que ganha fazer propaganda
de uma cerveja!
Existem as drogas
lícitas e as drogas ilícitas e, parece-me, existem drogas mais fortes do que o crack. Já assisti a várias palestras de
especialistas; esta Casa, Verª Sofia, produziu inúmeros debates aqui e em
várias localidades desta Cidade, quando se ouviram depoimentos dolorosos,
porque o sujeito que pega a primeira pedra, Ver. DJ, não volta mais, “foi para
o beleléu”. Então, acho que o Ver. Paulinho está dando, aqui, um belo
indicativo.
Com a Verª Fernanda,
vou travar um debate, pois ela colocou a questão dos precedentes legislativos,
que eu não acho nada antidemocráticos; acho muito democráticos os precedentes
legislativos: se tenho que dar passagem de graça, tenho de dizer de onde eu vou
tirar o dinheiro! Vou tirar da Saúde? Essa é uma outra questão.
Ele está querendo
dizer: “Olha, você, municipalidade, que é o Poder oficial local, ajude a
divulgar em tudo o que for possível”. Nós temos que encontrar um caminho.
O Sr. Tarciso Flecha Negra: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Primeiro vou falar no Mano, nosso
treinador da Seleção. A Seleção Brasileira tem o patrocínio da Ambev, mas o
Mano Menezes poderia fazer propaganda de refrigerante: da Coca-Cola, do
guaraná... Seria maravilhoso para passar uma boa imagem para as nossas
crianças, que amanhã serão os futuros jogadores da Seleção Brasileira. E não
deveriam fazer propaganda de cerveja - eu concordo plenamente com Vossa
Excelência sobre a Lei do Ver. Paulinho Rubem Berta, sobre o crack.
Eu me sinto muito
triste com esse nome: crack. Às
vezes, eu estou ali no Mercado, na Rua da Praia, fazendo o meu passeio diário,
e as pessoas dizem: “Esse foi craque”. Eu falo: eu não sou craque, eu fui
jogador de futebol. Hoje nos envergonhamos em falar que fomos craques. O que é
craque hoje? Crack é uma droga
pesada. Eu acho que esse nome tem que ser mudado. Craque, para mim, é craque no
futebol, é craque na natação, na medicina... Esse é o nome certo para os
craques.
Ver. Paulinho, V. Exª
tem o meu voto para a mudança desse nome. É a pedra da morte, não é crack. Craque é uma palavra linda que
nós respeitamos muito.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Tarciso, eu
agradeço o seu aparte. Encerro dizendo, Ver. DJ Cassiá - V. Exª é um dos tantos
que trabalham nessa matéria -, que eu não vou tratar essa matéria com
emocionalidade, porque a emocionalidade está sempre disposta a contribuir com a
insensatez. Nós haveremos de encontrar, e vou contribuir nesse sentido, porque
a causa é boa. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Mauro
Zacher está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver. Elói
Guimarães está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Verª Sofia Cavedon,
Presidente da Casa; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, tenho para
mim que o direito decorre do fato, do acontecimento, no sentido de regrar
formas e mecanismos na vida de relação, na convivência social. Então, por
igual, os dois diplomas da Casa - a Lei Orgânica e o Regimento - regram as
relações internas e também relações que se dão no âmbito da Lei Orgânica com o
Poder Executivo. Não faz muito, nesta Casa, travou-se um debate, e eu fui
instado a manifestar o meu pensamento a respeito. Quando o Prefeito viajou à
Argentina, de parte do Plenário e da própria Presidente da Casa, houve manifestações,
e ali se discutiu o assunto. Examinando a Lei Orgânica, pude observar algumas
contradições no que respeita à matéria e se fazia também necessário adimplir,
ou seja, preencher lacunas da Lei Orgânica. Então, estamos dispondo, alterando
o §1º e incluindo o § 4º ao art. 92 da Lei Orgânica como segue (Lê.) “§ 1º - No
caso do inc. I, o Prefeito e o Vice-Prefeito deverão comunicar à Câmara o seu
afastamento, indicando os motivos da viagem, o roteiro e a previsão de gastos,
ficando dispensada a aprovação quando o afastamento for inferior a 5 (cinco)
dias”. Isso já está disposto. O que se dispõe aqui, o que se altera é
exatamente o tempo, ou seja, inferior a cinco dias.
Na Emenda à Lei
Orgânica, § 4º, consta o seguinte (Lê.): “O Prefeito e Vice-Prefeito, respectivamente,
farão a transmissão presencial do cargo, se o afastamento for superior a 5
(cinco) dias, observando-se, nos demais casos, a assinatura no ‘Livro de
Posses’”.
Então, são exatamente
disposições simples, singelas, o que se introduz no texto da Lei Orgânica, para
que não haja exatamente o conflito e toda aquela discussão que tivemos sobre o
seguinte: mas, afinal, o Prefeito viaja e não chama a Presidente da Câmara? Em
que condições deve-se chamar o Presidente ou a Presidente da Câmara? Então, são
disposições que nós introduzimos, e estamos abertos ao debate para alterações,
mas pensamos que, se fixarmos claramente a disposição, estaremos espancando
qualquer situação que possa parecer descaso por parte do Executivo, e está-se
normatizando, porque, quando se tratar de acima de cinco dias e tendo a Câmara
que se manifestar, porque até cinco dias...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Faz-se necessária
essa modificação que eu colocava e que envolveu aquele debate que V. Exª fez,
no plenário, relativamente ao Prefeito, com relação à modificação que estamos
fazendo. Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Tarciso
Flecha Negra está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Ausente. O Ver.
Nelcir Tessaro está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. NELCIR TESSARO: Srª Presidente; Srs.
Vereadores; Sras Vereadoras; público que nos assiste, venho até esta
tribuna para discussão preliminar do PLL nº 076/11, de minha autoria, que
sugere ao Executivo a concessão de parte do terreno do Parque Maurício Sirotsky
Sobrinho, o nosso Parque da Harmonia. Essa concessão seria para a Cúria
Metropolitana, Ver. Adeli Sell, para a construção de uma capela crioula
inter-religiosa. Ao lado do restaurante que existe hoje, uma churrascaria,
poderia haver um espaço para a construção de uma capela crioula, se possível
com funcionamento permanente todos os domingos do ano ou em outras datas, para
os gaúchos poderem ali cultivar as suas tradições, com o nome de Capela Crioula
de São Pedro. Essa
reivindicação por parte dos frequentadores desse parque já vem desde 2009. Na
época, houve sugestão, inclusive, da associação das pessoas que ali transitam e
que ocupam o espaço durante a Festa Farroupilha, no mês de setembro. Nós já
transitamos pelos galpões ali construídos há um ano, mostrando o projeto, e o
apoio foi integral. Entendo que esse projeto cultural
seja importante para Porto Alegre, quando da construção do nosso parque
temático que V. Exª está cada vez mais debatendo em todos os meios de
comunicação, para que o nosso parque, os nossos festejos que começam agora, de
20 de agosto até 20 de setembro, possam servir como atração turística,
mostrando nossas tradições para todos os brasileiros e, quem sabe, para os
nossos vizinhos latinos.
Também quero me
manifestar sobre o Projeto do Ver. Alceu Brasinha que está em Pauta. Esse
Projeto visa à alteração de Projeto de minha autoria que criamos em 2009, de
que fosse entoado o Hino Rio-Grandense e o Hino Nacional nos jogos confederados
nacionais ou internacionais em Porto Alegre. Estou vendo justamente que aqui se
está propondo uma alteração para não ser mais obrigatório entoar esses hinos,
mas todos os porto-alegrenses, todos os desportistas que frequentam o estádio
podem ali verificar a emoção quando se toca o Hino Rio-Grandense. Nós não somos
separatistas, mas nós gostamos do nosso Hino, embora eu seja um gaúcho
“emprestado” - eu sou catarinense. O Hino Rio-Grandense tem um destaque que
emociona as pessoas quando estão principalmente nos jogos de futebol.
Então, eu gostaria de
me manifestar contrariamente à aprovação desse Projeto. Oportunamente, farei um
melhor debate com os nossos colegas Vereadores sobre os motivos pelos quais eu
sugiro que o Projeto original se mantenha inalterado.
Neste último minuto,
Presidente Sofia, quero dizer que fiquei feliz com a pesquisa do Instituto
Trata Brasil, tratando das comunidades que foram reassentadas em Porto Alegre,
justamente sendo ali dito que a economia nos gastos em saúde foi em torno de
20%, Ver. Toni Proença, o senhor, que também tanto lutou; nós lutamos para a
transferência da comunidade da Vila Dique. Até agora, foram transferidas apenas
500 das 1.500 famílias, e já há 20% de redução nos atendimentos hospitalares e
dos postos de saúde daquela região da Cidade. Isso gera economia.
Eu acho que tratar
bem o ser humano, colocá-lo em segurança, dar-lhe proteção, uma casa própria
onde ele possa, nos invernos rigorosos como os nossos, ter uma atenção melhor,
isso é tratá-lo como cidadão, isso é dar-lhe saúde, e nós estamos dando saúde.
Muito obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): O Ver. Adeli
Sell está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. ADELI SELL: Srª Presidente, Srs.
Vereadores, Sras Vereadoras, a profusão de nomes de ruas dados nesta
Casa é algo impressionante, mas eu sou obrigado a reclamar - às vezes, dizem
que sou até impertinente, mas eu não acho assim - da mesma forma que o Ver.
João Dib: a gente dá nome de rua, mas não há placa para botar! Isso é um
escárnio, quer dizer, é uma Cidade que não consegue colocar placa com seus
nomes de ruas!
Eu fiz uma primeira
pesquisa, Ver. Toni Proença, e vou ter que checar melhor, mas, pelo menos pelo
famoso Google, nós não temos rua nem praça com o nome de Theo Wiederspahn, Theodor
Joseph Wiederspahn, o grande, o maior, o mais ousado arquiteto, Ver. DJ Cassiá,
que este Estado já teve. Perseguido pela única condição de ser alemão, mas
sempre trabalhou no Brasil, talvez mais brasileiro que muitos que aqui
nasceram, e que fez obras importantíssimas. Então talvez comecemos a discutir
um pouco mais e melhor essa questão, porque o que tem de nome de rua de padre, de
frei, de freira... Devem ter feito muitas coisas importantes, vou estudar. Não
é nenhuma chacota, mas sou obrigado a registrar essas coisas, porque os
Vereadores desta Casa não podem ter língua travada, têm que falar o que pensam,
por isso que eu estou discutindo esses projetos.
Também quero que o
Festival Internacional de Tango de Porto Alegre entre no Calendário Mensal de
Atividades da Cidade. Calendário Mensal... eu até estranhei, vou ter que
estudar, porque eu sabia que há um Calendário Oficial, mas vamos ver essa
questão, porque, afinal de contas, discutir e incentivar as artes é
extremamente importante. Dá-se dinheiro para Acampamento Farroupilha, Verª
Sofia Cavedon, e eu me pergunto até que ponto nós estamos fazendo cultura
vendendo produtos exóticos, que não têm nada a ver com a cultura do Rio Grande
do Sul, em pleno Acampamento Farroupilha. Então, nós temos que discutir, de
fato, as verbas que vão para a área da Saúde.
Quero também discutir
o Projeto do Ver. Mauro Zacher a respeito do Programa Pedalando e Aprendendo.
Tudo o que se referir ao incentivo ao uso da bicicleta já decidi, vou apoiar
por menor que seja o programa; não me pauto tanto pela grandeza que será, mas,
se é para incentivar o uso da bicicleta, confrontando isso com o exagero do automóvel,
nós temos que apoiar. Eu acho que isso é uma questão importante.
Agora, eu fico pasmo
mesmo, Ver. Toni Proença, mais e mais e mais e mais cargos, complicações,
gratificação, CC para uma Secretaria eminentemente fantasma, que é a Secretaria
Especial de Acessibilidade e Inclusão Social. Eu quero dizer que vou votar
contra a criação da Secretaria de Trabalho e Emprego, vou votar contra esses
cargos de confiança porque cansei. Chega! Chega de cargos nesta Prefeitura! Nós
queremos concurso público, nós queremos que os gestores públicos pensem na
formação e na capacitação do servidor público, para que ele seja um gestor
capacitado e não frustrado. E não como me disse hoje um professor, aquele que
brinca, faz de conta que está fazendo um trabalho e, de fato, não está
contribuindo para o avanço da Administração Pública de Porto Alegre.
Eu queria chamar a
atenção dos meus Pares aqui, Dr. Thiago, para que entrem no site da Prefeitura de San Fernando, na
Gran Buenos Aires. Vossa Excelência vai dividir comigo o que é uma
administração de qualidade. Obrigado.
(Não revisado pelo
orador.)
A SRA. PRESIDENTE (Sofia Cavedon): Está cumprido
o debate preliminar de Pauta. O Ver. Dr. Thiago aguardou, mas, infelizmente,
pelo Regimento, não pudemos incluí-lo. A Pauta é um momento importante, porque
é a estreia dos projetos nesta Casa. Nós temos que chamar a atenção sobre o
tema para fazermos um bom debate, e inclusive para a população saber que os
projetos começam a tramitar.
Amanhã teremos um dia
intenso. Pela manhã, teremos “Câmara na Comunidade”, no loteamento Cristiano Kraemer. À tarde, às 14h,
depoimentos sobre a Legalidade; às 16h30min, o Marcio Pochmann; às 18h30, a Raquel Rolnik. Nós teremos bastante
assunto e elementos para a nossa ação parlamentar. Estamos saindo para o
“Câmara nos Ônibus”, às 17h30min. Quem quiser nos acompanhar, pode ir conosco.
Obrigada pela
presença de todos. Estão encerrados os trabalhos da presença Sessão.
(Encerra-se a Sessão
às 17h09min.)
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